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segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Resenha Filme: A História Real de Um Assassino Falso
Em fins de maio escrevi o seguinte na resenha de Zerando a Vida, segundo filme da parceria entre o serviço de streaming Netflix e a produtora de Adam Sandler, Happy Madison, após dizer que o longa em questão era "apenas ruim", e não duas horas de vontade de arrancar os olhos com uma colher suja de sal igual The Ridiculous Six:
Quem sabe o terceiro filme da dobradinha Happy Madison/Netflix seja "razoável" e o quarto "bom"?
E não é que o mais recente longa da parceria, de fato, é razoável?
O longa co-escrito por Jeff Morris e pelo diretor Jeff Wadlow não é nenhum primor, por Odin, não. Longe disso, mas ao contrário dos outros dois últimos longas da Happy Madison, que pareciam apenas desculpas para Sandler reunir os amigos e tirar férias enquanto posava de fodão, A História Real de um Assassino Falso realmente parece ter uma história pra contar.
No longa Kevin James é Sam Larson, funcionário de uma companhia de seguros que escreve romances de espionagem no tempo livre.
Sam faz muita pesquisa e passa mais tempo se imaginando na pele de seu personagem central, Mason Carver, do que vivendo sua aborrecida rotina, de fato.
A despeito de seus romances de aventura seguirem sendo rejeitados pelas editoras, Sam não desiste, e segue imaginando frases de efeito e situações extremas para suas histórias, para as quais usa como principal fonte de pesquisa um de seus únicos amigos e parceiro de sinuca Amos (Ron Rifkin), um analista aposentado do Mossad que lhe fala a respeito do mais perigoso operativo do mundo, conhecido apenas como Fantasma.
Óbvio que Sam ignora os avisos de Amos e inclui várias peripécias do Fantasma em seu romance, Memórias de um Assassino Internacional, incluindo um assassinato político no final dos anos oitenta, ainda assim, o livro é rejeitado pela editora.
Após mais essa rejeição, porém, Sam é procurado por Kilye Applebaum (a engraçadinha Kellen Coleman), uma e-publisher que está disposta a publicar o livro de Sam sem alterar uma só palavra do texto, na Amazon.
Reticente no começo, Sam acaba aceitando a oferta, apenas para descobrir que Kilye de fato não mudou nenhuma palavra do original, apenas acrescentou, transformando seu título em "Memórias Reais de um Assassino Internacional", e mudando seu livro de ficção em não-ficção.
Inicialmente indignado com a ideia, Sam acaba disposto a perdoar a pequena transgressão ao começar a receber os dividendos da empreitada.
Entretanto, quando seu livro começa a se tornar mais popular, Sam é sequestrado e levado à Venezuela, onde o revolucionário El Toro (Andy Garcia) o envolve em um triângulo de assassinato que envolve o traficante de drogas Masovich (Andrew Howard) e o presidente da Venezuela, Miguel Cueto (Kim Coates), onde um deseja que Sam mate o outro.
Em sua luta para sobreviver ao imbróglio, Sam é auziliado pela agente do DEA Rosa Bolivar, a personaificação de tudo o que Sam sonha que seus personagens sejam, e vigiado de perto pelos agentes da CIA Michael Cleveland e William Cobb (Leonard Earl Howze, e Rob Riggle), que observam seus passos enquanto apostam se Larson vai sobreviver à toda a situação.
Pela premissa dá pra ver que A História Real de um Assassino Falso tem consideravelmente mais trama do que The Ridiculous Six e Zerando a Vida, não que isso seja um grande mérito, mas não é apenas isso.
O diretor Jeff Wadlow parece mais interessado em identidade visual e valor de produção do que os diretores dos outros filmes, e tenta fazer uma mescla divertida de comédia e filme de ação que certamente se destaca no rol de produções da Happy Madison.
O grande problema é que o filme não é engraçado o suficiente para ser uma boa comédia, e nem tem ação o bastante para ser um filme de ação competente, os diálogos não são dos mais inspirados e de atuações acho que a essa altura ninguém mais espera que Kevin James seja um Jack Nicholson, embora haja participações bem-intencionadas de Coates e Garcia.
"Bem-intencionado", aliás, talvez seja a epítome de A História Real de um Assassino Falso.
O filme certamente não é qualificado o suficiente para valer uma recomendação, mas no mínimo vê-se que havia, ali, uma ideia verdadeira, de contar uma história. E ainda que não tenha alcançado seu máximo potencial, é, ao menos, razoável, e não chega a ser uma maneira ofensiva de passar duas horas.
Será que vem um filme bom da Happy Madison/Netflix na sequência?
É esperar pra ver...
"Todos morrem, mas nem todos fazem a diferença."
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Andy Garcia é um ótimo ator, é muito talentoso e bonito, não há filme que não me surpreenda. Ainda não tive oportunidade de ver o filme, mas muita gente já me recomendou. Eu amo os filmes de drama, especialmente onde participa Jamie Dornan lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus filmes atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador. Desfrutei muito sua atuação. A historia está bem estruturada, o final é o melhor. Se ainda não tiveram a oportunidade de vê-lo, eu recomendo.
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