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quinta-feira, 24 de março de 2011

Cuidado...


Cuidado, amor, quando for atravessar a rua. Sabe como anda o trânsito, as pessoas estão malucas, apressadas, ninguém está livre de ser atropelado (Eu que o diga).
Cuidado, amor, quando sair da aula à noite. Sabe como anda a violência, as pessoas são essencialmente más, algumas desesperadas, ninguém está livre de ser assaltado.
Cuidado, amor, quando for tomar algum remédio. Sabe como são esses laboratórios, eles visam apenas o lucro, ninguém está livre de ter uma reação adversa a alguma medicação.
Cuidado, amor, quando for almoçar. Sabe, tu precisa te alimentar direito, ás vezes, com pressa, parece melhor só fazer um lanche, mas ninguém está livre de ficar anêmico.
Cuidado, amor, quando for esperar pelo ônibus. Sabe, ás vezes, com sono, a gente pode acabar dormindo na parada, e ninguém está livre de perder o ônibus e os sapatos.
Cuidado, amor, quando for falar comigo. Tu sabe dizer exatamente o que eu gosto de ouvir, e ninguém está livre de ter que passar horas conversando com um chato.
Cuidado, amor, quando for me encontrar. Tu cheira bem demais, e pode ser difícil me afastar do teu pescoço, ninguém está livre de ser confundido com um vampiro.
Cuidado, amor, quando for ouvir o que eu tenho a dizer, por que eu não sou inteligente, nem maneiro, nem divertido, e falo muito quando estou nervoso, de modo que ninguém tá livre de passar horas ouvindo um nerd trovar sobre meteorologia, cinema e astronomia feito um disco arranhado.

Um comentário:

  1. É preciso ter cuidado... Mas pensa só se ela também quiser passar horas e se achar uma tremenda chata? coincidência? Destino? Ou perseverânça... não sei.

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