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segunda-feira, 10 de setembro de 2018
Resenha Série: Punho de Ferro, Temporada 2, Episódio 2: The City's not for Burning
Após um primeiro episódio promissor, o segundo capítulo da temporada de Punho de Ferro seguiu mostrando seus pontos fortes.
O programa segue focando em seus personagens, oferecendo a todos eles motivações críveis, desenvolvimento e interações que não parecem saídas de uma novela mexicana.
Punho de Ferro teve sua cota de problemas em seu primeiro ano, em grande parte devido à estranheza da família Meachum, um ponto decisivo da trama, e da insistência de Danny Rand em tratar todo mundo como uma plateia à qual ele devia se apresentar. Isso parece ter sido superado. Ward e Joy parecem, finalmente, pessoas de verdade, e mesmo quando estão tramando, não o fazem como se fossem revirar os bigodes e soltar gargalhadas.
Novamente, é importante notar que a coreografia de lutas mudou muito desde a primeira temporada. A ideia de que Danny lutava um kung fu diferente de todos os outros personagens (era a minha interpretação, apenas) ficou no passado, e agora ele luta mais ou menos da mesma forma que Colleen, Davos e cia. Aparentemente, agradando todo mundo que não curtia o quase kata da temporada passada.
A guerra entre as facções da tríade em Chinatown segue escalando.
Com pessoas começando a morrer na cidade, Danny precisa decidir seus próximos passos, e resolve conversar com o líder dos Carrascos para intermediar uma trégua antes que as facções incendeiem Nova York pelo vácuo de poder deixado pelo Tentáculo.
Enquanto isso, Coleen é novamente confrontada pela gangue mais incompetente de Nova York enquanto tenta descobrir de onde veio a caixa misteriosa com o emblema de sua família.
Ward procura por sua irmã tentando fazer emendas, mas Joy tem outras intenções.
A moça está mais do que decidida em sua missão conjunta com Davos, e o alvo da dupla dessa vez é uma antiga tigela prestes a ser leiloada. O artefato é obviamente de K'un Lun, e é uma peça fundamental dos planos de Davos e Joy, mas para obtê-la o monge casto precisará agir de maneiras que aparentemente ferem profundamente seu código de conduta pessoal.
Todo o capítulo, na verdade, é muito de Davos.
Além de o vermos lutando contra as suas próprias noções comportamentais e a forma como ele lida com a ideia aparentemente abjeta de usar sexo para vencer uma luta ao invés de sair na porrada também temos um belo flashback do confronto entre Davos e Danny pelo privilégio de ser surrado por um dragão.
Aqui, cabem duas observações: Primeiro, foi bom ver mais de K'un Lun do que apenas uma encosta montanhosa nevada. Segundo, a sequência de luta entre os dois foi, fácil uma das melhores envolvendo Danny desde sua briga com o mestre bêbado na primeira temporada ou seu quebra com Matt em Os Defensores.
A sequência também deu lastro tanto às convicções de Davos quanto as de Danny.
Se por um lado ficou claro que Davos é o melhor lutador da dupla e que ele não se rendeu e nem morreu lutando, o que corrobora a sua ideia de que, não fosse pela intervenção de seu pai, ele não teria sido derrotado.
Por outro, Danny também não se rendeu. E mesmo levando uma coça, mostrou-se um lutador comprometido e, também, um guerreiro mais engenhoso e esperto. Os dois têm argumentos, e os dois poderiam ser o Punho de Ferro. A questão é que esse flashback tornou Davos mais simpático à audiência, e nós, mais e mais, conseguimos vê-lo como uma pessoa.
Outro personagem que mostrou valor foi Mary.
A sequência com a ruiva no banheiro, deu mais pistas sobre a sua verdadeira natureza, e quem conhece a personagem dos quadrinhos deve ter pego a dica com seu rosto parcialmente obscurecido diante do espelho.
Por hora, a linha narrativa de Coleen está menos interessante do que a de Danny (um alento após ela ter sido o ponto alto da primeira temporada), e os Meachum, embora tenham melhorado consideravelmente, seguem sendo um acessório, mas o mais importante é que o programa, ao menos nessa amostragem inicial, parece ter encontrado seu compasso.
Vamos torcer para que continue assim.
"-Nossa luta para ver quem enfrentaria Shou-Lao? Parece que nunca acabou.
-É... Mas você venceu."
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