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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Resenha Série: Punho de Ferro, Temporada 2, Episódio 4: Target: Iron Fist


Atenção! Spoiler a seguir.
Se Punho de Ferro vinha dando amostras claras de melhora com relação à sua primeira temporada (algo que, sendo justo, todas as séries conseguiram fazer em algum grau), nesse quarto episódio da temporada o programa deu um passo além. Finalmente tivemos um grande passo no desenvolvimento da trama em um episódio que, inclusive, deu-se ao luxo de começar na metade e voltar no tempo para mostrar o caminho de Danny até o pepino em que o encontramos no início do capítulo.
Danny está se remoendo por ter colocado a conferência de paz da tríade em cheque com sua desconfiança. Ele sabe o que viu do lado de fora do armazém, mas suas suspeitas não se confirmaram e ele transformou a trégua em pancadaria tentando tirar a senhora Yeng (Christine Toy Johnson) do local em segurança.
Falando na senhora Yang, descobrimos que seu marido não morreu, mas foi colocado entre a vida e a morte pela Garra do Diabo, a milenar técnica de pontos de pressão de K'un-Lun que denuncia o envolvimento de Davos na coisa toda.
Enquanto Danny e Colleen fazem a avaliação de danos e planejam uma forma de remediar a bagunça, Davos e Joy confrontam Mary Walker.
A jovem é a encarregada de espionar Danny para os dois vilões, mas seu transtorno de personalidade dissociativa se colocou no caminho. Enquanto a ex-militar está perfeitamente confortável em manter Rand sob vigilância, sua porção gentil e artística parece dispostas a ao menos tentar ajudar Danny a se preparar para o inevitável ataque.
Além de tríades, Davos e Joy, e a desconfiança com sua própria percepção, Danny ainda precisa lidar com Misty Knight (Simone Missick), que aparentemente é, ou a única policial de Nova York, ou então tem a maior jurisdição do mundo, já que policia Chinatown, Hell's Kitchen e o Harlem simultaneamente. Onde foi parar o sargento Mahoney?
De qualquer forma, Misty acaba com o mistério sobre quem eram as figuras misteriosas do lado de fora do armazém, e, como sempre, pede para que o vigilante com super-poderes da vez se afaste do caso para que a polícia possa trabalhar, e, como sempre, é ignorada já que Danny teve a confirmação de que Davos atacou o senhor Yeng (Henry Yuk) e a sua possível localização.
Falando em confirmar coisas, fica confirmado que Davos realmente está tentando roubar os poderes de Danny usando antigos rituais que envolvem até os restos mumificados de um antigo Punho de Ferro.
O ingrediente decisivo, porém, é o próprio Danny, e a encarregada de conseguir esse ingrediente é Mary. A ruiva dá uma boa demonstração tanto de estratégia quanto de habilidade de luta, e, conforme o início do episódio deixa claro, consegue o que foi buscar.
Target: Iron Fist foi provavelmente o melhor episódio da série até aqui, o único ponto baixo, de fato, foi a interação entre os Meachum. Ward e Joy são particularmente melodramáticos quando interagem sozinhos um com o outro, e as tentativas dele de fazer as pazes com ela são muito mal pensadas (ainda que pareçam sinceras.) e a impressão que fica, mesmo com tanta choradeira, é que os dois só não farão as pazes eventualmente se um dos dois morrer.
Excetuando-se isso, palmas para M. Raven Metzner por ter feito o seriado abraçar o absurdo da mitologia dos quadrinhos orgulhosamente. Fez maravilhas pela série. Isso e a decisão de encurtar a temporada de treze para dez episódios (algo que também deveria ocorrer com Luke Cage e Jessica Jones, por sinal). Punho de Ferro está longe de ser perfeita, mas eu francamente duvido que até o mais rançoso dos resmungões online não veja que a série agora está, no mínimo, no mesmo nível das co-irmãs.

"-Agora você vai me dar o que sempre foi meu por direito, irmão."

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