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quarta-feira, 9 de julho de 2014

A Cara da CBF


OK, OK... Sete a um foi meio excessivo, mas o que eu falei dia primeiro de julho ainda vale:
Seria injusto que esse título ficasse com o Brasil.
Essa seleção brasileira montada com cadeiras cativas para Fred e Hulk, com um treinador incapaz de treinar uma jogada além da pressão na saída do adversário, não tinha nem a mais remota chance de vencer uma seleção de ponta.
Se com as presenças de Neymar e Thiago Silva já teria sido extremamente improvável vencer uma Alemanha ou Holanda, sem eles a missão tornou-se impossível.
Basta olhar pra equipe brasileira pra saber que daquele mato não sai coelho.
Quando mesmo o craque do time (Neymar) desaparece em campo enfrentando Chile e Colômbia, quando os expoentes do escrete são a dupla de zaga, quando o outro jogador acima da média do time (Oscar) está sendo marcado pelo próprio treinador, os grandes adversários não têm muito o que temer.
A geração atual é tão fraca que Paulinho, um jogador absolutamente comum, vinha mal e foi substituído por Fernandinho, que ontem era desarmado como se fosse um boneco de gelatina pelo trator alemão Toni Kroos. Com laterais ofensivos que não sabem marcar, volantes fracos, e três jogadores se abstendo totalmente de funções defensivas (Hulk, Fred e Bernard), a defesa brasileira foi patrolada pelo time alemão.
Mesmo David Luiz, um dos poucos a se salvar do violento fiasco que foi a partida de ontem, teve alta parcela de responsabilidade em pelo menos dois gols alemães, o primeiro, de Muller, e o segundo gol marcado por Kroos (Acho, foram tantos que posso estar enganado.).
Mas é importante que fique claro que esse fiasco não é apenas do Luís Felipe Scolari, nem tampouco dos atletas, por piores que sejam. Esse é um fiasco da CBF como um todo.
O órgão gerente do futebol brasileiro, segundo Carlos Alberto Parreira "O Brasil que deu certo", é lixo.
É lixo e não é de hoje.
Comandada por uma dinastia de mafiosos e seus cupinchas desde os tempos de João Havelange, passando por Ricardo Teixeira e desembocando em José Maria Marin, a Confederação Brasileira de Futebol é um circo onde futebol é o que menos importa, contanto que os patrocinadores estejam enchendo seus cofres de dinheiro. Em nome de joguetes de interesses, escolhe-se a comissão técnica, compromete-se a preparação do time, e manda-se tudo longe, contanto que se pague, e o esporte que se exploda. Não é novidade que a CBF é corrupta e está à venda. Quem não lembra do que aconteceu à Portuguesa no ano passado, ou com o Internacional em 2005?
A seleção brasileira que levou 7 x 1 da Alemanha, ontem, é o reflexo da confederação que a organiza, decadente como muitos dos jogadores convocados, ultrapassada como as ideias de seus treinador, e precisando urgentemente de uma faxina como o Brasil em geral.
Que o impiedoso massacre da Alemanha ontem não tenha servido apenas para salvar o Brasil de perder a Copa para a Argentina, mas também pra fazer todos acordarem e perceberem que a CBF é um dos cânceres do futebol brasileiro, e precisa ser extirpado.

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