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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Resenha Cinema: Transcendence - A Revolução


É até surpreendente a quantidade de nomes e rostos reconhecíveis que Martin Pfister angariou para o elenco de seu debute na cadeira de diretor cinematográfico.
Lá estão Johnny Depp, Paul Bettany, Morgan Freeman, Rebecca Hall, Cillian Murphy (esses três últimos egressos de filmes de Christopher Nolan, com quem Pfister trabalhou por anos como diretor de fotografia), além de Kate Mara, Clifton Collins Jr. e Cole Hauser. Esse time nada desprezível se juntou ao cineasta para transformar em filme o roteiro do novato Jack Plagen sobre o cientista Will Caster (Depp), um dos maiores nomes da tecnologia de inteligência artificial, que após um atentado engendrado por um grupo terrorista tecnofóbico, vê-se as portas da morte.
Com um mês de vida pela frente, a esposa de Will, Evelyn, pede ajuda ao melhor amigo do casal, Max (Bettany), para escanear a mente do visionário moribundo, e fazer o upload dela em um poderoso computador, onde ele poderá viver indefinidamente como a primeira inteligência artificial verdadeiramente autônoma da história da humanidade!
Max e Evelyn sucedem em seu intento, e pouco após a morte de Caster, ele ressurge nas telas do computador onde sua consciência foi instalada.
De imediato, Will pede para ser ligado à internet, pois sua consciência expandida lhe permitirá realizar em pouco tempo os mais fantásticos avanços que a ciência jamais viu.
Conforme a sede de conhecimento e poder de Will cresce conforme sua mente evolui para uma entidade onipresente, os piores temores de Max e Evelyn parecem se concretizar a medida em que a única certeza para o evento que eles testemunham é o que pode não haver forma de detê-lo!
É visível a inexperiência de Pfister em Transcendence - A Revolução. Fica muito óbvia a falta de malandragem e traquejo do comandante do projeto para aparar as arestas que estão em toda a parte na fita. O roteiro de Plagen não ajuda. Além de não ser exatamente original, é repleto de uma qualidade meio pretensiosa, se achando mais esperto e relevante do que de fato é.
Não bastasse isso, de pouco vale ter um elenco conhecido e talentoso quando os atores são mal utilizados.
Johnny Depp está intragável no papel do cientista que vira computador, revivendo os maus momentos que parecem ter virado regra na filmografia recente do ator transformado em astro por Jack Sparrow, que tem usado sua influência e status para projetos cada vez piores.
Rebecca Hall, a feia mais gatinha de Hollywood também já viu dias melhores. Morgan Freeman e Cillian Murphy fazem figuração de luxo, só com caras e bocas, e Kate Mara, cuja única qualidade é ser bonitinha, está esquisita com um cabelo descolorido medonho. Se salva Paul Bettany, aparentemente o único ator do elenco que comprou a ideia do roteiro (também premiado por ter o único papel vagamente interessante), tentando atuar sempre que a oportunidade se apresenta, mas nada que salve Transcendence - A Revolução do naufrágio cataclísmico que ele efetivamente se torna.
É uma pena, mas ao menos serve de lição, para que, no futuro, Plagen e Pfister se toquem que para ser inteligente, um filme não precisa ser pedante.
Assista na TV a cabo, ou por curiosidade mórbida.

"-O que você está fazendo, Will? Nãos não podemos lutar com eles.
-Nós não vamos lutar com eles. Vamos transcendê-los."

Um comentário:

  1. Eu acho que passou no teste, é um bom filme. Eu gostei, havia muitos elementos que pareciam muito atraente para mim, a sequência de ideias foi bom, mas alguma coisa aconteceu durante esse filme que não se conformava Trascender; no entanto, é um muito interessante para quem gosta de filme de ficção científica, o colapso da humanidade e do governo conspirações. Ele tem seus contras, mas é definitivamente interessante perguntar-nos mesmo com filmes, dilemas éticos que existem na ciência e desenvolvimento. Nós dois estamos dispostos a sacrificar a nossa ética e morais, a fim de salvar vidas; um debate que queima quando se trata de células, nanotecnologia e ciência médica-tronco.

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