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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Resenha Série: The Boys, Temporada 2, episódio 4: Nothing Like It in the World



Quando Nothing Like it in the World começa, é basicamente dividindo os grupos e suas respectivas maneiras de lidar com os eventos do capítulo passado.

Kimiko segue tentando lidar com a morte do irmão nas mãos de Tempesta, e apesar de suas intenções, o Francês simplesmente não sabe se conectar com ela para consolá-la. Capitão Pátria não ficou nada satisfeito após a novata no grupo ter sido a responsável por eliminar o super-terrorista e ganhado um sonoro boost midiático no processo e começa a tocar o terror em todo mundo que cruza seu caminho, incluindo Maeve, Trem Bala e Annie, que confidencia a Hughie que não sabe muito bem pra onde as coisas irão de agora em diante.

Ao mesmo tempo, Billy vai ao encontro de Mallory se desculpar por ter, conforme ela aventara, ferrado tudo, mas recebe uma bandeira branca da ex-chefe. Uma tremenda bandeira branca:

A localização de Becca.

E uma pista a respeito da heroína de segunda classe dos anos 70 Liberdade, cujo nome estava por todos os lados nos arquivos da falecida Reynor. Os rapazes então, se dividem, e enquanto Bruto vai ao encontro de sua mulher, em uma área segura da Vought, Annie e Hughie vão para a Carolina do Norte investigar Liberdade junto com um contrariado Leitinho da Mãe.

Sem entrar no terreno dos spoilers, Nothing Like it in the World dá uma visível pisada no freio na comparação com os episódios anteriores. Ao longo de mais de uma hora, a trama avança muito pouco, e algumas das decisões dos personagens simplesmente não fazem sentido quando paramos para pensar a respeito. Outro problema é o ritmo do capítulo. Se eu elogiei o dinamismo do episódio anterior, é difícil não ficar surpreso com o quanto a trama parece arrastada aqui. Por mais que eu goste de ver Annie e Hughie juntos, e haja algo de maneiro em vê-los junto com Leitinho, a quantidade de exposição no segmento é excessiva e aborrecida mesmo que culmine com uma revelação interessante a respeito de um d'Os Sete.

Nos momentos focados em Billy, nós temos a oportunidade de ver o personagem de Karl Urban mostrar níveis de fragilidade que enriquecem o personagem apenas para, em seguida, mostrá-lo tomando o tipo de decisão tacanha que parece uma muleta narrativa das mais baratas, o que é algo frustrante, quase desonesto.

Ainda há tempo no episódio para vermos que a reformulação da imagem de Profundo organizado pela Igreja da Coletividade continua a passos largos, e que o nível de egocentrismo do Capitão Pátria é ainda mais perturbador do que se poderia imaginar...

No final das contas Nothing Like it in the World não foi dos episódios mais inspirados de The Boys, e eu não sei se a ideia da Amazon, de adotar um formato semanal para a temporada, não tem parte da culpa pelo tanto que esse capítulo soa insatisfatório, ou se a responsabilidade pesa sobre os três primeiros episódios da temporada, bem acima da média, seja como for, vamos torcer para que a segunda metade da temporada retome a qualidade.

"Você tem fãs. Eu tenho soldados."

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