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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Resenha Série: Deuses Americanos, Temporada 3, Episódio 4: The Unseen

 


O quarto episódio de Deuses Americanos começa com a chegada dos orixás aos EUA, trazidos pelas orações e súplicas dos escravos que foram levados aos campos de algodão do sul dos Estados Unidos para fazer a fortuna de seus mestres, que quebraram o pacto que a constituição norte-americana fez com Deus, de garantir que todos os homens seriam iguais naquele país... É mais um dos bons recortes que vêm abrindo os episódios dessa temporada, mas seguem carecendo do impacto dos "Chegando à América" do primeiro ano, e uma boa abertura para o episódio que engata de onde o anterior havia parado.
Conforme nós vimos ao final do capítulo passado, Shadow chegou à casa de Bilquis para encontrar sinais de uma luta, poças de sangue, o Technical Boy e nada da deusa do amor. Somando dois e dois, o protagonista acredita que o novo deus fez algo com a deusa antiga, mas, após surrar brevemente seu desafeto (a quem Shadow ainda não perdoou pela tentativa de linchamento da primeira temporada), ele descobre que foi o oposto.
Em seu último encontro, Bilquis desarranjou Technical Boy de alguma forma, e ele precisa encontrá-la se quiser voltar à sua velha forma, algo que não será capaz de fazer sem ajuda já que a deusa do amor foi capturada pela poderosa firma de segurança que serve a Bill Sanders, a última "refeição" de Bilquis. As circunstâncias, então, tornam ele e Shadow aliados, ainda que desconfortáveis, e os dois saem por Nova York para tentar descobrir o paradeiro da divindade convertida em prostituta.
Enquanto isso, Quarta-Feira segue tentando tirar Deméter do asilo onde ela está internada. Após esbarrar na presença aparentemente inamovível de seu curador, Larry Hutchinson (Sebastian Spence), que casualmente também é o diretor da casa de saúde e, Cordelia descobre, exatamente o golpista aproveitador que Quarta-Feira supunha.
Para tirá-lo do caminho, tudo o que o Pai de Todos necessita é o HD do computador pessoal de Hutchinson algo que ele pode obter facilmente através de seu séquito pessoal, os motoqueiros do bar Valhalla East, a menos que o luto de Johan (Marilyn Manson), vocalista da banda Blood Death por seus companheiros de palco tenha consequências explosivas sobre os planos de Odin...
E, fechando a trinca de linhas narrativas desse capítulo, nós voltamos ao purgatório para explorar o destino de Laura, que, segundo o Guia do Purgatório, é grandioso, e por isso há deuses tentando impedi-la de cumpri-lo. Mais do que isso, o destino se manifesta quando o cadáver de Sweeney é encontrado no cemitério onde Laura o deixou antes de virar pó...
The Unseen é outro episódio bem abaixo dos dois primeiros capítulos da temporada atual. Ainda que não seja tão ruim quanto o anterior, é filler descarado até a raiz da alma, o que me leva a pensar se, a exemplo do que acontecia com as séries da Marvel na Netflix, os showrunners de Deuses Americanos não deveriam considerar reduzir o número de episódios por temporada ao invés de esticar a trama até ela ficar tão fina quanto pareceu aqui... Seja como for, o próximo episódio será o mid-season, vamos torcer para que a série reencontre seu ritmo e, quem sabe, faça a trama andar um pouco.

"-Isso foi por me linchar, caipira.
-Eu já pedi desculpas por aquilo.
-Desculpas não aceitas. Nem agora, nem nunca." 

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