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segunda-feira, 10 de março de 2014

Resenha Blu-Ray: Jogos Vorazes: Em Chamas


Oh, Katniss Everdeen... Só tu, mesmo pra fazer eu assistir Jogos Vorazes e Jogos Vorazes: Em Chamas... Seja pela carinha bonita, pelo corpinho gostoso, a jovem Jennifer Lawrence é a melhor e mais óbvia razão para assistir às adaptações cinematográficas da série literária de Suzanne Collins.
Não me entenda mal. Nada contra Suzanne Collins, seus livros ou adaptações literárias, apenas acho que, por mais interessante que sejam ficções cientificas ambientadas em futuros distópicos, elas perdem um pouco da graça quando são adaptadas pelas razões comerciais erradas.
Todo mundo sabe que Katniss ganhou a cara (e o corpaço) de Jennifer Lawrence por causa do potencial que o triângulo amoroso entre ela Gale (Liam Hemsworth) e Peeta (Josh Hutcherson) tinha para ser o "novo Crepúsculo", e ganhar seu lugarzinho dourado no coração (e nas carteiras) dessa geração de retardados mentais funcionais que são nossos adolescentes.
O texto de Suzanne Collins, no entanto, tem mais do que apenas o triângulo amoroso a oferecer, de modo que o primeiro filme, embora meio sem graça, não era ofensivo, na verdade, tinha qualidades que faziam a gente torcer para que, na iminências de uma continuação, ela enveredasse, não pelo caminho da mocinha dividida entre dois amores, mas pelo lance do futuro distópico e das autoridades arbitrárias que era sugerido no primeiro longa, mas deixado meio de escanteio pra centrar fogo no que atrairia o público, figurinos extravagantes, efeitos visuais maneiros e, claro, a história de amor cheia de desencontros, obstáculos e heroínas divididas.
Foi por essas e outras que pulei solenemente Jogos Vorazes: Em Chamas no calendário de lançamentos do ano que passou, e apenas movido pela melancolia de final de férias que me impeliu a procurar algo que fazer na minha última madrugada anterior a uma manhã sem trabalho, foi que aluguei o filme na grade do serviço de aluguel digital da TV a cabo.
O segundo longa da trilogia mostra Katniss ainda tentando descobrir o que quer. Após ferrar geral com as regras dos Jogos Vorazes do ano anterior, e conseguir ser vencedora ao lado de seu vizinho Peeta, ao invés de matá-lo e vencer sozinha, ela vive uma vida de relativo conforto ao lado da mãe e da irmã por quem disputou os jogos um ano antes.
Ela se prepara para o tour dos vencedores, quando viajará pelos doze distritos e a capital com Peeta, quando recebe a visita do presidente Snow (Donald Sutherland), que a aconselha a convencer o mundo de que está loucamente apaixonada pelo seu colega.
Snow teme que, se a farsa de Katniss for descoberta, a imagem do governo será manchada, servindo de combustível à uma nova rebelião que começa a tomar corpo nas sombras.
Durante a viagem, Katniss, dividida entre suas obrigações para com a segurança de sua família, ameaçada por Snow, e a vontade de fugir para viver no ermo com Gale, falha em convencer o presidente, que, emputecido, resolve que é hora de agir.
Com a ajuda do diretor geral Plutarch Heavensbee (O ótimo e falecido Philip Seymour Hoffman), o presidente dá início ao Massacre Quaternário, uma edição especial dos Jogos, disputada pelos vencedores dos jogos anteriores.
Novamente ameaçada de morte, Katniss segue tendo que decidir o que quer, além de ter que lidar com seus sentimentos divididos entre Peeta e Gale, a segurança de sua família e de todos com quem se importa, e o papel de símbolo da resistência e da revolução, algo que ela jamais quis.
É bacana.
O segundo longa envereda bem pelo lado mais interessante da saga, a revolução contra o estado policialesco que explora seus cidadãos.
Embora ainda tenha espaço pra obrigatória melação do romance triplo, e uma nova versão (chaaaaata) dos Jogos, Em Chamas acerta a mão e entrega um filme consideravelmente superior ao anterior (inclusive tecnicamente, já que o orçamento do diretor Francis Lawrence é o dobro do filme anterior.).
Com algumas adições interessantes ao elenco (Hoffman é a melhor, mas há também Jeffrey Right, Sam Clafflin, Amanda Plummer e a gatinha Jena Malone) que mantém os bons nomes já presentes no primeiro filme (Woody Harrelson, Stanley Tucci, Elizabeth Banks), Jogos Vorazes: Em Chamas é um programa bacana, e, quem que se pese que é um filme sem começo nem fim, já que serve de encaixe entre o primeiro capítulo e o vindouro terceiro (que será dividido em duas partes, claro).
Além do mais, não se deve desperdiçar nenhuma oportunidade de ver Jennifer Lawrence em ação. Além de bonitinha e gostosona, ela esbanja talento.
E que venha Jogos Vorazes: A Esperança.
Vou ver no cinema.

"-Desde os últimos Jogos algo está diferente. Eu posso ver.
-O que você vê?
-Esperança."

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