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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Resenha Cinema: O Fim da Escuridão


Demorou mas ele voltou.
Mel Gibson que curtia uma boa carreira de diretor (Coração Valente, A Paixão de Cristo, e Apocalypto) voltou á aparecer diante das telas após hiato de oito anos, seu último filme como ator havia sido o ótimo Sinais, de 2002, para estrelar esse O Fim da Escuridão, filme que adapta a mini-série de mesmo nome da TV inglesa.
E ele volta, meio enxovalhado (Sim, os anos passam até mesmo para o Mad Mel.) no papel de Thomas Craven, policial viúvo que mora sozinho em Boston e está todo faceiro com a possibilidade de receber uma visita da filha, Emma (Bojana Novakovic), que vem visitá-lo na folga de seu trabalho.
Durante a visita Emma passa mal, e, quando se prepara para levá-la ao hospital, Tom é surpreendido por um mascarado que grita seu sobrenome e alveja sua filha, que morre em seus braços. Todos os indícios apontam para a morte de Emma como um ataque á Tom que saiu errado, porém, conforme investiga o caso, Craven vai descobrindo que sua filha não era tão inocente quanto imaginava, e podia, até mesmo, ser o alvo original do atentado.
Daí em diante o filme, que prometia bastante se transforma em uma daquelas manjadas fitas de pai vingativo, sem grandes inovações desde que Paul Kersey saiu pelas ruas de Nova York com seu 38, ou de quando Liam Neeson foi à Paris dar tiros até na esposa de um amigo.
Não quero parecer injusto, O Fim da Escuridão não é, nem de longe, um filme ruim, pelo contrário, é um bom filme de pai vingativo, tem um roteiro interessante, e que, apesar de mastigar e regurgitar muito rapidamente suas viradas e tramóias (É o efeito de se condensar seis horas de mini-série em duas de filme.) é bem amarrado.
Vale destacar a boa mão do diretor Martin Campbell ( de 007 Cassino Royale) que sabe gerar uma dose maneiraça de tensão (Incrível como tomei mais sustos vendo esse filme do que qualquer filme de "terror" das últimas décadas.) e a presença de Ray Winstone, ótimo no papel de Jedburgh, inglês especializado em "consertar coisas", há também Danny Huston, sempre interessante no papel de vilão, mas não tem jeito. O filme se equilibra, mesmo, nos ombros de Mel Gibson.
Ali está ele, mais velho, é verdade, mas fazendo as mesmas coisas que fez em Máquina Mortífera, em Sinais, em Coração Valente, e em todos os outros filmes que protagonizou, ele engole em seco, olha para cima, balança a cabeça, e voilá, nós caímos nessa de novo. Estamos com ele outra vez.
Não me entenda mal, Gibson é um ator com suas limitações, mas é desses atores limitados que nos convencem e que todos adoramos.
É bom tê-lo de volta, Mel.

"Lá no fundo, você sabe que merece isso."

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