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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Quadrinhos: Demolidor 2


Em julho eu escrevi a resenha da excelente Demolidor 1, e terminei ela pensando se demorariam demais pra lançar o número seguinte.
Pois então ontem passei pela minha banca de revistas preferida e me deparei com esta Demolidor 2, e soube que já tinha o que fazer na meiaca da semana.
Essa segunda edição da bem sacada iniciativa da Panini de publicar edições gorduchas do Demo, com 148 páginas, dá sequência à ótima fase do personagem sob os roteiros de Mark Waid.
Na primeira história, o renovado Matt Murdock segue com sua nova vida, tentando uma abordagem mais leve do mundo e de suas mazelas enquanto luta para fazer a opinião pública esquecer que o advogado cego da Cozinha do Inferno é o vigilante mascarado conhecido como Demolidor. Para isso, ele leva algumas crianças-problema de uma escola do bairro em uma excursão natalina que pode se tornar mais extrema do que ele esperava.
Na sequência, o espetacular Homem-Aranha vê sua ex-amante Gata Negra ficar com sérios problemas ao ser presa acusada de um roubo que estranhamente não cometeu. Com isso, o cabeça de teia recorre a Matt Murdock e ao Demolidor para tentar inocentar a ladra em uma história em dois capítulos.
A terceira história da edição, também em duas partes, mostra o Demolidor viajando aos subterrâneos para tentar descobrir que anda roubando cadáveres de um cemitério em Nova York, incluindo aí, o de Jack Batalhador Murdock, pai do herói. Essa investigação o coloca em rota de colisão com o Toupeira.
A seguir, o Demolidor tem que lidar com ataques de todas as maiores sociedades criminosas do universo Marvel, dispostas a tudo para recuperar o drive de armazenamento hiper seguro que caiu em suas mãos na edição anterior.
Ataques ao Demolidor e, a Matt Murdock, foram o homem de medo a fazer um movimento arriscado.
E, fechando a edição, pelas mãos de Stan Lee e Steve Ditko, o primeiro encontro entre o Homem-Aranha e o Demolidor, datado de 1964, onde os dois heróis se unem para enfrentar o Mestre do Picadeiro.
Não tão boa quanto a edição de estreia, mas ainda acima da média. Waid manda bem demais nos roteiros, e seu Demolidor é claramente um sujeito atormentado lutando para levar a vida na boa, o que talvez seja a grande sacada da nova fase, a negativa de Matt Murdock em ceder ao desespero, à dor, e, em suma, à si próprio, lutando para ser uma versão diferente de si mesmo.
Além disso, há a interessante trama do omegadrive dos vilões, que pode ter boas consequências futuras (embora vá continuar em Justiceiro 2, que eu certamente não comprarei), e as sempre interessantes interações do Homem-Aranha com o Demolidor.
Aliás, fica aqui mais uma queixa minha com relação à abordagem da Marvel com relação ao Homem-Aranha. O cabeça de teia é, disparado, o personagem mais popular da casa das (más) ideias, isso é líquido e certo, então, o que a Marvel faz é usar o Aranha como trampolim para outros personagens, pois parece saber que levar a melhor em cima do Aranha é ótimo pra um personagem, e ser passado pra trás não vai fazer com que o Aranha perca fãs. Leias as duas partes de O Diabo e os Detalhes e vai entender o que eu quero dizer.
Enfim, passado o desabafo, as 148 páginas de Demolidor 2, por Mark Waid, Paolo Rivera, Emma Rios, Kano, Koi Pham, Joe Rivera, com capa cartão e papel LWC no miolo vale os R$ 18,90 do preço de capa com folga, especialmente se a periodicidade trimestral, e a qualidade das histórias for mantida.

"É assim que funciona a justiça, Harvey. Ás vezes os dois lados perdem."

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