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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Resenha Game: FIFA 14


Mais um ano se passou, e novamente a Konami desapontou. Na verdade, talvez mais do que em anos anteriores. Em 2014 a empresa japonesa tentou novamente transformar PES em um simulador e abriu mão tanto da identidade quanto da qualidade.
Se a versão demo do Pro Evolution trazia boas intenções, o jogo completo mostrou que, de boas intenções o inferno está cheio.
Ainda bem que, do outro lado da guerra anual das franquias futebolísticas, a EA e a série FIFA voltaram prometendo muito, e cumprindo ainda mais.
Já na versão demo de FIFA 14 ficava bem claro que o foco da franquia na perseguição incansável da excelência na experiência de simulador continuaria sendo o mote da série na sua versão mais recente.
Após um final de semana regado a futebol digital, dá pra dizer sem medo de errar que FIFA segue sendo o melhor simulador de futebol em todos os tempos, e indiscutivelmente o melhor game de futebol no mercado.
FIFA 14 aprimora tudo o que funcionava nas versões anteriores e ainda adiciona discretas novidades à uma mistura consagrada temperando um prato que já era deveras saboroso.
A física realista aprimorada de FIFA dá o tom do game. Todos os avanços do jogo com relação à última edição passam por esse fator.
Os passes se tornaram mais desafiadores, simplesmente apertar o botão e apontar o direcional na direção certa não garante o sucesso da jogada, é importante saber dosar a força na hora de se livrar da bola se quiser que a trama do time se concretize. Se o jogador mais habilidoso saberá dominar o proverbial "tijolo de seis furos" atirado de qualquer jeito por um zagueiro de cintura dura pra dar sequência à jogada, jogadores menos dotados levarão mais tempo para amortecer a pelota, tornando-se alvo fácil para os adversários. Esse respeito pela física também aprimorou o sistema de chutes. O jogador que quer colocar a bola na rede precisa estar bem equilibrado, e posicionado de maneira favorável com relação ao gol, senão suas chances de marcar se reduzem bastante. Os cruzamentos, que sempre foram uma dor de cabeça pra este que vos escreve nas versões anteriores, também melhorou graças à nova noção de peso da bola e seu comportamento no ar, as jogadas de linha de fundo estão melhores e mais fáceis de realizar, de modo que os gols de cabeça agora são mais corriqueiros, tanto de marcar quanto de sofrer, obrigando o player a estar atento à sua defesa nas bolas aéreas.
Além de tudo isso, essa preocupação em simular uma física realista, somada ao aprimoramento do sistema de impacto inaugurado dois anos atrás gera todo um repertório de novas possibilidades. Os jogadores mais parrudos vencem jogadas disputando a bola no corpo, os mais ágeis têm que evitar o contato, a proteção de bola se tornou uma batalha ferrenha. Os goleiros ganharam novos movimentos, menos robóticos, e, mais importante, que tornam eventuais falhas menos frequentes.
O modo Carreira, meu preferido, ganhou um tapa esperto no visual, que deixa o game com cara de tela de computador, cheio de abas, links e ícones que ajudam o player a navegar por mercados de transferências, tela de mensagens, gerenciamento do time e de uma eventual seleção, calendário e pelo novíssimo sistema de olheiros que permite ao player observar um atleta através de uma rede de informantes antes de fazer uma proposta.
A lojinha virtual está de volta, com novidades que permite desbloquear bolas, uniformes, chuteiras e comemorações de gol, além de artifícios para usar nos modos online, como o Ultimate Team, ou o Live Season.
As animações seguem geniais, com movimentos fluidos e vivos, o respeito pelo visual de cada jogador é de chorar, e, a cereja do bolo, o campeonato brasileiro com praticamente todos os 20 clubes da série A disponíveis pra jogar (exceto pelo Bahia), aliados às novidades das ligas chilena, colombiana e argentina.
FIFA 14 pode não ser perfeito, mas é, sem sombra de dúvida, o mais próximo da perfeição que chega um game esportivo da atual geração, e quem diz o contrário, é clubista.

"Bem Vindos ao EA FIFA 14"

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