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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Mundano


Algo se partiu...
Se quebrou. Deixou de existir...
O que fora um amor sincero e pujante, que não precisava de reconhecimento ou retorno, simplesmente sumiu, mergulhado em um negro mar de esquecimento.
Algo que brilhou belo e forte no céu da felicidade, para sempre olvidado, apartado, perdido.
Foi o que aconteceu entre o Inter e eu.
Quando os dirigentes tomaram todas as decisões erradas, colocaram todos os interesses pessoais acima do clube, e pegaram o que fora o maior clube de futebol do sul do mundo e transformaram em um nanico da segunda divisão.
A segunda divisão é uma mancha que jamais sai.
Ela apequena tudo o que toca, destrói, corrói, é como o câncer definitivo, incurável e irrefreável.
Pra quem duvida e acha que exagero, aconselho a olhar para o Inter que começou esse ano.
Assisti alguns minutos do jogo contra o Passo Fundo, no domingo, e o que eu vi, foi um time de segunda divisão até a raiz da alma.
Um clube rebaixado em seu cerne.
Um anão lutando pra fazer uma imitação paupérrima de gigante.
Um grupelho de cartolas se enraizou nos gabinetes do poder colorado às custas do futebol do clube, sua razão de ser, e agora, o que vemos, é o eco pálido do que fora uma orgulhosa nação de torcedores.
O mais doloroso é que toda a bazófia e o prepóstero que acabaram com o Internacional continuam em efeito. Os dirigentes mudaram, mas a forma de dirigir é a mesma que em seis anos pegou o maior clube das Américas e transformou num arremedo lastimável de si próprio.
O Inter deixou de existir.
Se tornou algo que não me chama a atenção. Que sequer me desperta curiosidade. Que eu não tenho a mínima vontade de acompanhar.
Eu leio as notícias, me incomodo brevemente, e depois esqueço que existe.
A cartolagem conseguiu algo que parecia impossível:
Fez do Internacional algo mundano.

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