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sábado, 5 de dezembro de 2020

Resenha Série: O Mandaloriano, Temporada 2, Episódio 6: A Tragédia

 

Atenção! Há alguns spoilers do episódio abaixo!
Se ainda não assistiu, volte aqui depois.
Parece mentira que só faltam dois episódios para o fim da temporada de O Mandaloriano. Esses seis episódios passaram rapidamente. Rapidamente demais, considerando que as semanas que os separam cada uma dessas meia-horas de Star Wars em toda a sua glória se estendem como se os dias durassem 72 horas cada...
Mas enfim, o décimo quarto capítulo da série, que tem o agourento título de A Tragédia, na verdade abre com as coisas parecendo muito bem. Mando e Grogu estão na Razor Crest se dirigindo a Tython, planeta que abrigou os Jedi e onde há uma pedra sobre a Criança poderá se conectar a outros de sua estirpe e seguir com seu treinamento... A maneira como Mando chama Grogu pelo nome e o observa reagir à suas orientações é uma das maiores demonstrações de afeto do caçador de recompensas para com seu pequeno companheiro, e a maneira como ele se justifica a respeito de porque eles devem se separar, parece mais endereçada a ele mesmo do que a Grogu.
Seja como for, as coisas vão bem. Eles encontram a pedra mágica, Mando posiciona Grogu no topo, e nada parece acontecer até que uma espaçonave terrivelmente familiar surge no céu ao mesmo tempo em que o bebê Yoda entra em uma espécie de transe e é envolto em um campo de Força . Incapaz de tirar Grogu do local, ele resolve interpelar o intruso e ganhar tempo para o bebê fazer suas coisas Jedi.
Ao encontrar o estranho misterioso e rápido no gatilho, Mando descobre que ele é Boba Fett (vivido por Temuera Morrison, o ator que deu vida a Jango Fett em Episódio II e voz a todos os clone troopers em The Clone Wars), a quem havíamos visto brevemente no encerramento do primeiro capítulo da temporada, e que após sobreviver ao fosso do Sarlacc, onde deveria ter sido digerido por mil anos, está atrás de seus pertences, no caso, a armadura que Mando confiscou de Vanth em Tatooine, e não está sozinho.
Cobrindo o ex-caçador de recompensas que até um ano atrás era o Mandaloriano mais maneiro da galáxia está Fennec Shand (Ming-Na Wen)! Muito mais viva do que na última vez em que a havíamos visto.
Conforme Mando não reconhece Boba como um mandaloriano legítimo, por um breve instante parece que teremos um impasse mexicano se resolvendo com pássaros sibilantes, mas, assim que uma trégua é estabelecida entre as partes para que negociações sejam travadas, os remanescentes do Império surgem e tudo vai pro inferno.
Sem entregar tudo o que ocorre no episódio, pode-se dizer que A Tragédia é um festival de porradaria encabeçado por caçadores de recompensa e stromtroopers que não fica devendo em nada aos filmes da série e que, entre outras coisas, nos mostra o quão fodão Boba Fett é, o quanto Robert Rodriguez, diretor do episódio, parecia estar com vontade de colocar as mãos em Star Wars, e quanta qualidade a série é capaz de entregar em pouco mais de meia hora de episódio. Entra semana e sai semana e eu continuo embasbacado com o nível de qualidade de O Mandaloriano em todos os aspectos, tanto técnicos quanto narrativos, e A Tragédia não é exceção, muito antes pelo contrário.
A estrutura de "missão da semana", que por sinal eu adoro, é deixada de lado em nome de um episódio com graves e verdadeiras implicações para o futuro, que traz novos e importantes personagens ao palco, e que fará Mando revisitar personagens que pensávamos terem ficado no passado.
Parece que, repetindo a estrutura do primeiro ano, novamente teremos uma série de pequenas aventuras auto contidas e apenas vagamente conectadas confluindo para um gran-finale que deve começar a se desvelar no próximo capítulo.
Será uma longa, longa semana até a próxima sexta-feira...

"-Você é muito especial, garoto."

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