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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Resenha Série: Better Call Saul, temporada 5, episódio 1: Magic Man


Em nome de Stan Lee, quanto tempo...
Foi uma ocasião agridoce sentar ontem à noite para assistir uma sessão dupla de Better Call Saul após longo e tenebroso inverno (eu odeio esses hiatos). Por um lado doce, já que fazia um ano e quatro meses desde a última aparição do nosso advogado favorito no que é certamente a melhor série em exibição na TV/serviços de streaming atualmente, amarga porque eu achei que teria visto os dois episódios na mais doce das companhias, o que não se confirmou...
Mas enfim, Magic Man abre com uma longa sequência do presente, em Omaha, onde "Gene", o gerente da Cinabon parece ter a mais inabalável certeza de que, não apenas foi reconhecido, mas está sendo seguido por alguém. O nosso herói se reborca para tentar antever um contato inesperado, mas nada acontece até que, quando sua guarda está baixa, ele é surpreendido.
A situação é tão tensa que ele eventualmente liga para a loja de aspiradores em busca de uma nova rota de fuga, mas algo acontece, e nós voltamos ao passado, quando Jimmy McGill recuperou sua licença para advogar e informa a Kim que vai exercer o direito sob o pseudônimo de Saul Goodman, aproveitando-se dos contatos que fez ao vender seus celulares descartáveis não-rastreáveis.
A advogada está bastante dividida com essa nova persona de Jimmy. Não apenas com a empolgação dele, ou com a maneira que ele usou para recuperar sua licença e a facilidade que ele tem para bolar esquemas e enganar pessoas, mas com o fato de que, embora ela continue lutando contra os instintos mais baixos de Jimmy, ela não consegue encontrar uma forma de negar a utilidade deles, conforme a sequência com seu cliente, Bobby, deixa bastante claro.
Enquanto Kim luta com a sua própria Moral, Jimmy abraça com fervor o relativismo da sua com direito a uma barraquinha para distribuir telefones e cartões de visita às camadas mais propensas ao crime de Albuquerque, ternos coloridos e cabelo de pastor evangélico enquanto espalha a palavra sobre suas habilidades de mago legal, que Huell tem prazer em confirmar à fila de clientes em potencial.
Enquanto isso, a escapada de Werner segue cobrando seu preço.
A obra do superlaboratório de Gus precisou ser parada após Lalo Salamanca descobrir, ao menos parcialmente, os planos para a edificação. Os trabalhadores europeus foram dispensados e o dono da Los Pollos Hermanos foi forçado a abrir, ao menos em parte, seus planos de construção com Lalo chegando ao local com Juan Bolsa (Javier Grajeda) a tiracolo para fazer uma mediação após problemas com a mercadoria dos Salamanca.
Se o triste fim do engenheiro alemão tem um peso financeiro para Gus, ele tem um peso muito maior na alma de Mike, que ficou realmente abalado com o desfecho do caso, e ainda precisa lidar com as ameaças veladas de seu empregador.
Falando em chefes ameaçadores, Nacho não tem nem um segundo de sossego nessa vida já que, à essa altura, está trabalhando tanto para Lalo quanto para Gus, no pior tipo de missão de agente duplo que poderia existir.
A quinta temporada de Better Call Saul começa metendo o pé na porta e mantendo o absurdo grau de qualidade da série enquanto nos prepara para ver, de fato e de direito, o começo da caminhada de Saul Goodman sobre o mundo criminoso de Albuquerque (eu nem sei quantas vezes disse exatamente isso em temporadas passadas) e o momento em que seu caminho irá se cruzar com o de Lalo Salamanca. Como é bom tê-lo de volta.

"-Eu mudei de ideia. Eu cuido disso."

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