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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Rapidinhas do Capita



A Doralice parou na vitrina da livraria onde passava sempre e teve sua atenção capturada por um título em particular:
"Como Sobreviver Ao Fim Do Mundo".
Riu.
O fim do mundo, pra quem estava encarando tantos outros finais recentemente era matéria de jardim de infância.

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No dia em que soube que ela havia ido embora, ele passou duas vezes em frente ao prédio onde ela havia morado. Uma vez à tarde e outra à noite.
Em ambas teve ímpetos de sacar o celular e escrever a mensagem "tô aqui embaixo", que escrevera tantas vezes para ela, mesmo em vezes em que ainda não estava lá.
Mas aí se lembrou das mazelas da vida, e seguiu seu caminho.

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Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos eu ia ficar quieto, porque do amor eu nada sei, exceto que dói e dói muito, e que é melhor ficar longe dele se formos minimamente sabidos.

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Eu tinha um tio que morava longe, mas todo ano vinha nos visitar, falando com sua voz super tranquila.
Um tio que, no meu aniversário de sete anos me deu um canivete suíço e, sem saber, armou o maior serial killer da história das formigas de Rainha do Mar.
Que nos anos oitenta dirigia um Puma GTB cor de pérola e levava meus primos e eu pra comer sorvete.
Eu não tenho, mais.
Vai em paz, tio Mário.

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