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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Resenha Série: Luke Cage, Temporada 2, Episódio 1: Soul Brother #1


A primeira temporada de Luke Cage fora irregular.
O herói de pele impenetrável era maneiro, socialmente relevante, e tinha um elenco bacana encabeçado por Mike Colter, com bons coadjuvantes, mas careceu de um grande antagonista.
Após matar Boca de Algodão o programa perdeu seu antagonista mais interessante, e, com um caricato Cascavel fazendo caretas pra câmera, perdeu muito de sua qualidade.
Ainda assim, após os eventos de Os Defensores, uma série igualmente irregular, Carl Lucas estava pronto pra voltar pra casa.
A segunda temporada de Luke Cage começa exatamente de onde Os Defensores havia parado, assumindo que a audiência acompanhou a última incursão do herói do Harlem na Netflix, e retomando daí.
Agora uma celebridade no bairro, Cage segue lutando contra a injustiça de forma microscópica, tentando fazer a diferença em uma vizinhança. Sua popularidade aumentou tanto que há papelotes de heroína sendo vendidas nas ruas com seu nome estampado, e o correto Luke obviamente odeia essa ideia.
Ao mesmo tempo em que tenta descobrir a origem dessas drogas, Luke precisa lidar com o lado negativo da fama. Todos o conhecem. Todos querem saber o que ele faz. Logo, não há nada comparado a uma vida tranquila em seu futuro imediato, e no daqueles que o cercam.
Isso significa, principalmente, Claire Temple (Rosario Dawson), Bobby Fish (Ron Cephas Jones) e Misty Knight (Simone Missick).
Enquanto Claire tenta mostrar a Luke que não é apenas sua mulher, mas também seu apoio, e Bobby tenta convencer Luke a aceitar pagamento por seus serviços, Misty parece ter superado o trauma da perda de seu braço, e estar pronta para resolver a bagunça que a exposição de Scarfe como um policial corrupto causou, com dezenas de condenações de casos de seu ex-parceiro sendo canceladas.
Não são apenas os aliados de Luke que retornaram, porém...
Mariah (Alfre Woodard) e Shades (Theo Rossi) estão de volta, e, aparentemente, dispostos a limparem seus negócios. A ideia da herdeira de Mama Mabel é legitimar tudo, deixando de lado a necessidade de lavar dinheiro no Harlem's Paradise. Shades, por sua vez, não parece tão convencido, o amante e confidente de Mariah quer espremer a coisa toda para conseguir o máximo de dinheiro possível com os negócios da família Stokes.
E, pra fechar os retornos, James Lucas (o falecido Reg. E. Cathey) pai de Luke (que eu achava que estava morto...) ressurge na vida do filho sabe Deus por que.
Enquanto Luke corre com sua investigação sobre a origem da heroína com seu nome, e Mariah e Shades leiloam o armamento Hammer em seu poder, um novo jogador surge no tabuleiro.
John McIver, o Bushmaster (traduzido como "Cobra Mestra" porque "Surucucu" provavelmente não era um nome maneiro pra um vilão...).
O chefão jamaicano interpretado por Mustafa Shakir aparece com sede do sangue dos Stokes e mostrando que Luke Cage não é mais o único homem à prova de balas do Harlem.
O primeiro capítulo da segunda temporada de Luke Cage começou de maneira convencional. Passeando pelo momento atual dos personagens remanescentes e apresentando algumas caras novas o episódio jogou na segurança. Se a apresentação de Bushmaster foi OK, a chegada de James Lucas à trama pareceu um pouco com um tiro no pé. Por melhor ator que Reg E. Cathey seja, já não tivemos (e temos) drama familiar o suficiente em Luke Cage?
Muito mais interessante seria centrar fogo no conflito do protagonista a respeito de tentar lucrar com sua condição de herói no Harlem. De qualquer forma, foi apenas o primeiro episódio, e ainda há quase doze horas de Luke Cage pela frente.
A propósito: A melhor sacada do capítulo? A cena de amor entre Luke e Claire ao som de Night Nurse.

"-Qual é o meu nome?"

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