Pesquisar este blog

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Resenha Série: The Boys, Temporada 1, Episódio 3: Get Some


Após o explosivo desfecho do capítulo anterior, o terceiro episódio de The Boys começa com Hughie, Butcher e Frenchie limpando a sujeira deixada pelo espalhafatoso fim do Translúcido, enquanto Luz Estrela recebe a notícia de que sua aventura noturna não foi um desastre de RP conforme lhe fora sugerido logo após o vídeo de sua luta contra os pretensos estupradores chegar à internet, mas que, da mesma maneira que tudo o mais desde que filiou à Vought, nem mesmo as boas notícias são tão boas quanto parecem.
E, para levar adiante seu plano anti-supers, Butcher vai atrás de mais um membro para a equipe:
Leitinho da Mamãe (Laz Alonso), aparentemente um ex-companheiro de Billy que abandonou a vida de o que quer que eles fossem antes, e agora se dedica à educação de jovens no reformatório.
Inicialmente bastante reticente com relação a voltar a trabalhar com Butcher e (especialmente) Francês, Leitinho acaba aceitando a oferta assim que ouve notícias do fim de Translúcido e da descoberta de que eles podem ter conseguido uma forma de atingir Os Sete e derrubar a Vought.
Para isso eles precisam se infiltrar na casa de Lâmina (Brittany Allen), uma super-heroína de segundo escalão que namora Trem Bala, e de cuja casa o velocista azul estava saindo quando estraçalhou Robin no primeiro capítulo.
Todo esse segmento é conduzido de forma algo pobre.
A grande sequência de conveniências de roteiro como o fato de que, assim que um sistema de vigilância é instalado pelos rapazes Trem Bala aparece para ter uma longa conversa que podia ser descrita como "momento da exposição" no roteiro é um pouco preguiçosa, ainda assim, cumpre seus papel, e faz com que os protagonistas descubram a respeito do Composto V mencionado pelo falecido prefeito de Baltimore no primeiro episódio.
O produto, aparentemente, é um esteroide anabólico de super-poderes que Butcher, Leitinho, Frenchie e Hughie vão tentar roubar do velocista durante a corrida entre ele e Onda de Choque, um evento super-esportivo (com direito a cobertura da ESPN) para decidir quem é o homem mais rápido do mundo e que está tirando o sono do Trem Bala, ou, se isso falhar, improvisar...
The Boys chega a seu terceiro episódio ainda repleto de ideias interessantes que não chegam a se concretizar. Não quer dizer que a série seja ruim, mas que ela não é tão boa quanto gostaria (ou a audiência gostaria).
Estamos quase na metade da temporada e personagens continuam sendo apresentados, backgrounds sugeridos e a trama ainda não está totalmente desvelada mantendo a audiência interessada mais pelo belo design de produção e por alguns trunfos de execução que não chegam a incluir a pretensa coragem de abraçar o gore sem nenhuma vergonha (especificamente a sentada de Lâmina na cara do senhorio), mas certamente envolvem a química entre Hughie e Annie, os dois únicos personagens realmente gostáveis e relacionáveis da série, e a forma como Capitão Pátria tem sua psicopatia cada vez mais aprofundada.
Por mais manjado que seja a ideia de "e se o Superman fosse um canalha" ou "e se o Capitão-América fosse um escroto", The Boys tem dado a Antony Starr ótimos momentos para mostrar o quão podre o maior herói do mundo realmente é.
A forma como ele olha para o bebê de Stillwell ou a maneira como ele toca em Rainha Maeve (aliás, não podemos torcar um pouco do tempo dado a Profundo e Trem Bala por um pouco mais de tempo com Maeve?) durante a sessão de fotos são particularmente bem-sucedidos em mostrar o tamanho do perigo representado pelo super patriota.
Infelizmente isso ainda não é o suficiente para fazer The Boys ir além da promessa, mas há tempo para cumpri-la, basta que a série encontre sua própria voz e consiga andar além do choque e da pose.

"-Eu sou um filho da puta com coração. Enquanto você... Você é só um filho da puta."

Nenhum comentário:

Postar um comentário