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sábado, 5 de dezembro de 2009

Resenha DVD: Star-Trek, Jornada nas Estrelas



Ontem resolvi rever filmes, fui á locadora e catei logo dois que havia visto no cinema, colei a bunda no sofá e pressionei play pra ver, primeiro, Star Trek
A reinvenção da segunda franquia espacial mais importante do cinema (Sejamos francos, por mais maneiros que fosse, Star Trek jamais teve o alcance de Star Wars, a Força não estava com eles.) pelas mãos do produtor e diretor J. J. Abrams, das séries Felicity e Lost, e de Missão Impossível 3.
O próprio Abrams afirmou que não era um grande fã de Star Trek na juventude, que gostava mais da "outra" saga espacial, por isso titubeou em aceitar a oferta de revitalizar a franquia que é uma religião pra uma imensa comunidade mundo afora.
Mas, para felicidade geral dos amantes de bom entretenimento, ele aceitou, e o resultado final é bem maneiro.
O elenco jovem é encabeçado por Chris Pine, que vive o capitão James T. Kirk e Zachary Quinto, que vive o primeiro oficial Spock.
Se a caracterização do primeiro é perfeita, afinal Chris Pine, como William Shatner, evoca uma aura mezzo brega, mezzo cool, ele tem aquele tipo caipira que se acha, passa por bobalhão, mas tem sacadas muito legais, e um carisma inegável.
O segundo, por outro lado, não tem a mesma sorte, o meio vulcano Spock de Quinto carece da elegância e da sutileza que Leonard Nimoy esbanjava. Quinto interpreta um personagem muito diferente do original, que, ao invés de um sensível conflito interno entre as naturezas humana e vulcana (Ainda me lembro de, moleque, ficar surpreso quando Spock, em um episódio da série clássica mostrava entusiasmo com o retorno de um supostamente morto Kirk.) vive uma guerra aberta entre ambas as faces de sua persona, ora mandando tudo lá pra casa do Capita e tendo explosões e rompantes de ira, ora sendo lógico e racional. Não deixa de ser interessante, mas não é Spock, e empalidece ainda mais quando o cândido intérprete vulcano original surge em cena.
O restante da tripulação está maneiraço, meus personagens preferidos, o doutor Leonard "Bones" MacCoy interpetado pelo "Éomer" Karl Urban tem a mesma aura rabugenta e rebelde que DeForest Kelley emanava com maestria, e o alferes Pavel Chekov, interpretado por um russo de verdade, Anton Yelchin, ganha mais estofo que a versão de Walter Koening, há ainda a Uhura da graciosa Zoe Saldaña, o Hikaru Sulu de John Cho, o Montgomery Scott do impagável Simon Pegg (Com o sotaque escocês mais maneiro do cinema desde o Shrek de Mike Mayers.) e o capitão Christopher Pike de Bruce Greenwood.
O filme mostra, em uma sequência espetacular e emocionante, o primeiro encontro da Frota Estelar com vilão romulano Nero, interpretado por um Eric Bana gritão no piloto automático (mas enfim, o único bom vilão de Star Trek, na minha opinião, é o Khan.), depois parte para o futuro, mostrando flashes da infância de Kirk e de Spock, até apresentar o personagem central, já um jovem adulto, e sua afiliação à Frota Estelar sugerida pelo capitão Pike, a entrada clandestina na Enterprise após trapacear no teste Kobayashi Maru (Olha a Ira de Khan aí, gente.), sua antipatia inicial por Spock, e a formação da equipe.
O filme é movimentado e distrai, há ainda o cuidado em não desagradar os trekkies (Afinal, ninguém quer pessoas com orelhas pontudas e blusas da Frota na porta de Abrams com Teasers ajustados para matar.), pois o filme não reconta a gênese da tripulação da Enterprise, mas, sim, dá um início alternativo, e paralelo ao da série de TV e cinema graças ás idas e vindas temporais do vingativo Nero.
Enfim, vida longa e próspera para a nova franquia, ela é divertida, tem um elenco cativante e tudo pra vingar.


"...Indo corajosamente, onde homem algum jamais esteve..."

2 comentários:

  1. Eu ainda não vi o novo Star Trek. É bem verdade que eu não sou e nem nunca fui trekker, o que cheguei a acompanhar foi com bastante displicência. Mas todo mundo me falou TÃO BEM do filme (trekkers ou não) que vou até alugar. Enfim. Excelente blog, rapaz, suas resenhas são muito boas. :)

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  2. Obrigado, quinas, é bom saber que os textos estão agradando.
    Veja o filme, ele certamente vale a locação.
    Abraço.

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