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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Resenha Cinema: Contra o Tempo


Foi na calorenta noite de sábado que, munido de um generoso milk shake de chocolate, fiz umas das coisas que eu mais gosto nessa vida:
Assisti a um bom filme de ficção científica no cinema. Confesso que não tinha me extendido muito nas notícias a respeito de Source Code, título original do longa em questão, aqui, batizado de Contra o Tempo(em mais uma demonstração de que acabou a época em que os títulos em português dos filmes eram tão bons ou melhores do que em inglês.), de modo que eu não sabia bem o que esperar do longa, exceto o que mostravam os trailers.
O que eu sabia, é que era o segundo longa metragem de Duncan (filho de David Bowie) Jones, diretor do excelente Lunar, ficção científica cabeça, extremamente bem realizada com um orçamento visivelmente apertado. Também sabia que era estrelado pelo ex-caubói gay Jake Gyllenhaal (Desculpe, Jake, até tu ter algo como o Coringa na bagagem, tu vai contnuar sendo um Caubói Gay como forma de identificação.), pela bonitinha Michelle Monaghan, pela estranhamente atraente Vera Farmiga e que ainda tinha Jeffrey Wright no elenco. Ainda assim, com tão pouco conhecimento sobre o filme, cujos trailers prometiam uma trama elíptica ao estilo O Feitiço do Tempo, Meia-Noite e Um, e outros menos conhecidos, fiquei curioso pra ver Duncan Jones trabalhando com um orçamento mais generoso e com um elenco mais numeroso.
O resultado agrada bastante, mas fica devendo ao longa de estréia do realizador.
Na trama conhecemos o capitão Colter Stevens (Gyllenhaal), militar do exército dos EUA, que acorda dentro de um trem rumando para Chicago, diante de uma moça que parece conhecê-lo. Stevens não sabe o que está acontecendo, nem porque suas últimas memórias são de estar voando no Afeganistão. Enquanto tenta descobrir o que está acontecendo, Colter e todos os passageiros do trem são surpreendidos pela explosão de uma bomba!
É quando o filme realmente começa. Colter desperta após a explosão em uma cápsula. Através de um monitor, recebe ordens de uma militar chamada Goodwin (A excelente Vera Farmiga), e descobre-se dentro de um programa de computador chamado Código Fonte.
Através do Código Fonte, a agência de segurança norte-americana é capaz de posicionar um dos seus homens no corpo de uma pessoa de quem tenham recolhido massa encefálica, e dar acesso à todas as memórias dessa pessoa pelos últimos oito minutos de sua vida. Coulter foi colocado no corpo de um dos passageiros do trem para encontrar o responsável pela bomba e identificá-lo de modo a garantir que as autoridades o peguem antes que ele seja capaz de realizar um segundo atentado.
Conforme luta para encontrar o terrorista dentro do trem, Coulter se afeiçoa a Christina Warren (Monaghan), e tenta descobrir o que aconteceu a ele antes de estar preso na cápsula que o abriga entre as suas entradas no Código Fonte.
O filme é bom. Divertido e instigante, em muitas oportunidades te deixa sentado na ponta da cadeira, querendo saber o que acontecerá a seguir, e até chega a ser chocante (se tu for muito sensível.) em alguns momentos. A direção de Jones é segura, e o bom elenco segura a onda com competência.
O roteiro de Ben Ripley, porém, tem lá seus furos, e não passa por um escrutínio mais criterioso, já que, no segundo ato, contraria algo especificado no primeiro, e no terceiro, contraria o que fora estabelecido no segundo, abraçando-se na teoria das linhas de tempo paralelas geradas por ações no passado sem explicar muito bem como foi possível que as tais novas linhas se formassem.
Porém, se você não for um físico, estiver com a suspenção de descrença em dia, e for capaz de relevar algumas escorregadas eventuais do roteirista, vai gostar do filme, e se divertir bastante.

"O programa não foi criado para alterar o passado. Ele foi criado para afetar o futuro."

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