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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Resenha Game: Assassin's Creed Revelations


Em 2007 nós conhecemos Desmond Miles, a Abstergo, e o credo dos Assassinos, que combatiam os Templários em uma guerra milenar lutada nas sombras da história.
Nós conhecemos Altaïr Ibn La Ahad, o Pomo do Éden, o Animus, e, mais importante, conhecemos o game Assassin's Creed.
O jogo que misturava ação em estilo sandbox com ação furtiva e movimentos em estilo parkour. Era um ótimo game, embora a repetição de tarefas "Espione, furte, espanque, interrogue" por nove (!) vezes prejudicasse o fator replay e desencorajasse alguns players de repetir a experiência. De minha parte, terminei Assassin's Creed quatro vezes. O prazer que eu sentia sobrepujando soldados em Acre, Damasco e Jerusalém não pode ser medido em palavras, tampouco a alegria de ver um templário guardador de baú caindo no chão feito um saco de batatas ficando à mercê da minha espada vingativa.
Sim, encontrei o prazer de matar um para salvar mil. E o fiz. Várias vezes.
Aliás, joguei tanto e com tanto gosto Assassin's Creed (Que durante um bom tempo foi o único game de PS3 que eu tinha junto com FIFA 2008) e me afeiçoei tanto ao Altaïr, que quando a sequência, Assassin's Creed II foi lançada, eu não fui muito com a cara do novo personagem.
Ezio Auditore, o nobre italiano renascentista que brigava com famílias rivais e invadia o quarto das gatinhas na calada da noite, na verdade me foi bastante antipático de imediato. Ainda assim, Assassin's Creed II tinha tantas e tão boas inovações que, mesmo não indo muito com a cara do protagonista, o game te forçava a jogar, tanto para conhecer a história de Ezio e sua rixa com Rodrigo Bórgia, quanto para continuar a história de Desmond.
Assassin's Creed Brotherhood, entregue pela Ubisoft ano passado dava sequência ás aventuras de Ezio, que, como grão-mestre do credo dos assassinos se tornava um personagem tão carismático e interessante que já se tornava difícil não gostar dele, especialmente porque era um personagem que nós tínhamos a oportunidade de acompanhar desde o seu início como pitboy até ele se tornar o responsável pela manutenção da ordem dos assassinos, recrutando e treinando novos recrutas para suplantar o domínio templário na Europa.
Ao final, as coisas pareciam bastante definidas para Ezio, e muito complicadas para Desmond, sua contraparte no presente, de modo que, pelo menos eu, supunha que daríamos adeus ao galante assassino italiano e conheceríamos algum outro ancestral do personagem contemporâneo.
Foi, então, com alguma surpresa e uma fagulha de desapontamento que descobri que na nova aventura, Assassin's Creed Revelations nós, não só continuaríamos com Ezio, mas também iríamos nos aprofundar na história de Altaïr (Que pra mim ficara bastante bem fechada com os eventos do primeiro game.).
As surpresas se seguiram com o cenário do novo game, a cidade de Istambul em 1511, a metrópole que era a fronteira entre Europa e Ásia é incrivelmente colorida e viva, um dos mais belos cenários de todos os games da série. Agora, vamos ao que interessa...
No game Ezio, agora um maduro homem de cinquenta e dois anos de idade (maduro nos dias de hoje, no século XVI ele era um ancião perturbado pelas acrobacias que faz,) viaja até Masyaf, procurando pela bibliotéca de Altaïr. Lá ele descobre que os templários estão um passo à sua frente, e que a porta da biblioteca está selada por cinco chaves espalhadas pelos irmãos Polo em locais de Istambul.
Ezio viaja então até a Turquia e lá encontra os representantes locais da ordem, e se junta a eles ajudando-os a manter o equilíbrio político na região enquanto atende à sua própria busca.
Assassin's Creed Revelations inicialmente vai agradar apenas aos fãs fiéis da franquia, como eu. O game não traz grandes inovações com relação ao segundo e terceiro capítulos da série, e as que agrega não chegam a empolgar. Há um interessante adendo de bombas variadas ao arsenal à disposição de Ezio, que são bastante divertidas, um mini game de estratégia onde Ezio comanda a defesa de uma das sedes dos assassinos ante um ataque dos templários bizantinos que é tremendamente chata, e fases onde a consciência de Desmond, presa ao Animus, vaga por partições fantasmas do disco-rígido do engenho enquanto reencontra o seu passado.
Essas fases são pequenos desafios em primeira pessoa que me lembraram uma versão 3-D o game de Atari Bobby's Going Home, e que quase nada acrescem ao game.
Ainda assim, Assassin's Creed Revelations segura a onda, mantendo o interesse da franquia intocado, especialmente conforme se avança na história rumo às revelações do título.
Ezio, Altaïr e Desmond seguem firmes na briga pelo título de melhor franquia da geração atual de games com aventuras repletas de embasamento histórico, ótimas teorias da conspiração e ação extremamente competente. Resta torcer para que a Ubisoft não sente em cima da fórmula que deu certo e não permita que Assassin's Creed fique estagnado enquanto outras séries menos interessantes evoluem a cada game.

"Nada é verdadeiro, tudo é permitido."

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