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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Aprendizado


Havia muitas coisas que ele sabia. Muitas mesmo. Não tudo, claro, pois infelizmente ninguém sabe de tudo. Aprender, afinal de contas, era uma das poucas coisas da vida que ele fazia com sincero prazer. Tudo, de meteorologia à dogmas religiosos dos quais riria mais tarde, incréu que era, era absorvido com satisfação genuína.
Ele sabia coisas interessantes como porque o céu fica vermelho ao entardecer. Sabia coisas úteis como a posição onde o sol nasce e onde se põe. Sabia coisas que podiam não interessar a tantas pessoas, como por exemplo que o recentemente falecido mestre Anderson usava o traje de Darth Vader na sequência do duelo com Luke em O Retorno de Jedi, e coisas tão inúteis quanto o fato de que Christopher Reeve usava enchimento na sua sunga nos filmes do Superman por que os produtores achavam que o herói devia ser muito bem dotado.
Ele sabia que caramelo era açúcar queimado. Que tutti-fruti era uma combinação dos aromas de várias frutas, que a baunilha era gerada de uma orquídea e que frangos eram galos jovens.
O que ele não sabia, e nem queria aprender, era a não pensar nela o tempo todo.

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