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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Quadrinhos: Batman - O Filho do Demônio


Volta e meia a Panini surpreende e joga nas bancas e livrarias uma edição caprichada de um quadrinho já publicado de que quase ninguém lembra.
Na semana passada eu estava incauto andando pela Saraiva Mega Store procurando pelo Blu-Ray de Os Vingadores e me deparei com essa bonita versão encadernada com letras metalizadas e tudo mais de Batman - O Filho do Demônio, história escrita por Mike W. Barr, de Camelot 3000 (Não confundir com James O'Barr, de O Corvo, como eu fiz), e desenhada por Jerry Bingham.
Na trama, o Homem Morcego se vê às voltas com Talia e Ra's Al Ghul, da Liga dos Assassinos, e uma ameaça que envolve um nome do passado do vilão imortal, o assassino Qaym, responsável pela morte da esposa de Ra's anos antes, e que tem um plano assassino em mente para causar um genocídio usando uma máquina capaz de controlar o clima.
Conhecendo a identidade do vilão, Batman aceita unir forças a R'as Al Ghul, e, mais do que isso, aceita tornar-se esposo de Talia, para regozijo dos Al Ghul.
Vivendo como marido e mulher, o justiceiro encapuzado engravida Talia, e o que parecia motivo para uma celebração se transforma em preocupação para Ra's e sua filha quando percebem que a paternidade vindoura mexeu sobremaneira com Batman, que decidido a não permitir que seu filho passe pelo mesmo trauma que ele, e cresça sem pais, passa não só a superproteger Talia, mas também esquiva-se do perigo em nome da auto preservação.
A história é interessante, não é a última bolachinha do pacote, algumas das soluções do roteiro de Barr parecem corridas e simplistas, e a arte de Bingham não chega a empolgar, embora faça o serviço e tenha ecos da arte de Jim Aparo, talvez o mais seminal artista do Homem Morcego, o trabalho de cor, no entanto, é muito bom.
Se por um lado a trama explora de forma interessante a forma como Bruce Wayne encara a vida após anos isolado do mundo unicamente pensando em enfrentar o crime, por outro mostra uma transformação na personalidade obsessiva de Batman que não condiz com a bagagem do personagem, ainda assim, é uma história que merece ser lida, especialmente porque só foi publicada aqui uma vez, em meados de 1989, e mesmo tendo sido cortada da cronologia da DC logo após sua publicação (tudo bem, como a cronologia da DC é uma baderna poucos anos atrás ela voltou a ser parte da mitologia do personagem), é uma história seminal de Batman, especialmente no tocante à sua relação com R'as Al Ghul, e Talia.
Como eu já disse lá no início, a edição é caprichada, com capa dura com efeito metalizado, papel couché no miolo e formato 20,5 x 27,5 cm, e preço camarada de R$17,90 (em promoção na Saraiva saiu por 15,90 pilinhas).
Agora é esperar que a Panini se anime e publique as outras duas histórias que compõe a trilogia do Demônio de Batman e R'as Al Ghul, A Noiva do Dem^nio, e O Nacimento do Demônio, jamais publicadas no Brasil.
Ah, outra coisa maneira, nessa edição publicada pela Panini de O Filho do Demônio, há de bônus um prefácio escrito por ninguém menos que o Luke Skywalker Mark Hammil, que além de ter redimido seu pai Anakin e trazido equilíbrio à Força, também dublou o Coringa em diversos desenhos animados e vídeo games do Cruzado Encapuzado.
Luke Skywalker escrevendo o prefácio de um gibi do Batman. Se o céu existe...

"Seus olhos se fecham... E, sempre que isso acontece, seus pais morrem novamente."

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