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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Resenha Série: Luke Cage Temporada 1: Episódio 8: Blowin'up The Spot


Atenção! Há spoilers!
Demorou sete capítulos para que o grande vilão de Luke Cage saísse das sombras, e quando finalmente o fez, Kid Cascavel (Erik LaRay Harvey) o fez de maneira bastante marcante:
Baleando o herói à prova de balas.
Mais do que isso, descobrimos que o vilão oculto da série tem um passado em comum com o herói, já que Kid Cascavel é Willis Stryker, um amigo de infância de Luke, e talvez até mesmo seu irmão!
Não bastasse ter um irmão desequilibrado e homicida na sua cola, Luke ainda tem mais sarna pra se coçar.
Enquanto ele e Claire se escondem em uma clínica onde a enfermeira tenta descobrir como uma bala foi capaz de penetrar a pele de Cage, Mariah Dillard, apoiada por Shades, arma um cenário para incriminar Luke pela morte de Cornell, passo a passo trilhando o caminho para se tornar quem Mama Mabel foi para o Harlem (algo que Mariah vinha tentando evitar).
A trama de Mariah coloca toda a polícia no encalço de Luke, incluindo Misty, que, apesar de saber que Luke é inocente, precisa levá-lo para depôr, entretanto, encontrar o herói de pele impenetrável é só metade do problema já que Misty não é a única capaz de fazê-lo, e ficar cara a cara com Kid Cascavel pode ser uma experiência deveras desagradável.
Nem de longe um episódio tão inspirado quanto Manifest, Blowin'up The Spot deu uma reduzida de ritmo considerável após o pico do capítulo 7.
Ao menos termos Luke debilitado pelo tiro de Stryker durante a maior parte do episódio abriu espaço para que a mulherada brilhasse, com Alfre Woodard, Rosario Dawson e Simone Missick aproveitando bem seu tempo de tela.
Enquanto Mariah Dillard reluta em se tornar Mama Mabel ao mesmo tempo em que sabe que seu legado pode depender disso, Misty se encontra entre o martelo e a bigorna tentando entender todos os meandros da chegada dos super-seres ao Harlem, vendo-se no limite de seu auto-controle conforme é afogada por toda a situação.
Quem tem menos com o que trabalhar é Dawson, apesar de ter bastante tempo em cena ela praticamente só aparece como a enfermeira particular de Cage, felizmente a cena do interrogatório deu um respiro à personagem, oferecendo um momento para ir um pouco além da rotina da profissional de saúde ajudando um super-herói arrebentado.
Quanto à revelação de que Kid Cascavel é Willis Stryker, francamente, não foi grande coisa...
O personagem surgiu para ocupar o vácuo deixado por Boca de Algodão, e embora Erik LaRay Harvey faça o possível para tornar Cascavel um sujeito ameaçador, citando a Bíblia e Selvagens da Noite enquanto atira em Luke e ameaça Misty, não dá pra deixar de notar que faltam cinco episódios para a temporada acabar, e, ao contrário de Cornell, Mariah e até Shades, que foram desenvolvidos ao longos de vários episódios, Stryker acaba de chegar apenas com vagas pistas a respeito de seu passado e uma tênue sugestão do porquê de todo o seu rancor para com Luke, de modo que, ao invés de um "Ah, então esse é o Cascavel", nós pensamos "Hã, então esse é o Cascavel?", tornando a revelação da identidade do vilão muito menos impactante do que poderia ter sido.
Episódio OK, com boas sacadas e um cliffhanger robusto em seu final, mas abaixo da promessa de Manifest.

"-Eu achei que balas não pudessem te ferir!
-Bem-vinda ao clube."

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