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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Resenha Filme: Perfeita é a Mãe!


Eu vou confessar que, quando vejo um filme ser disponibilizado na Netflix com timming de lançamento de home-video, eu (desculpe o palavreado) quase gozo.
Não precisa ser um super blockbuster, não precisa ser um grande filme, por Odin, não precisa nem ser um filme que eu estivesse com vontade de assistir.
Apenas saber que, eventualmente, um longa de cinema pode ser disponibilizado no catálogo do serviço poucos meses após passar pelas salas de exibição me deixa contente.
Foi por isso que assisti a esse Perfeita é a Mãe!, um longa sobre a qual li brevemente pouco antes do lançamento e que, pra ser bem honesto, não tinha dado muita bola apesar da presença de Mila Kunis, por quem tenho uma queda desde Cisne Negro.
Não tenho nada contra comédias com elenco todo feminino, mas também não sou exatamente um entusiasta do filão, especialmente após a tragédia que foi o remake de Caça-Fantasmas no meio do ano, mas como disse, eu adoro um bom lançamento na Netflix.
O longa é narrado por Amy Mitchell (Kunis).
Amy se casou com seu namoradinho do ensino médio aos vinte anos de idade, engravidou logo em seguida, e após doze anos, é mãe de duas crianças, a diligente, quase neurótica Jane (Oona Laurence) e o preguiçoso Dylan (Emjay Anthony).
Amy precisa equilibrar suas tarefas de mãe em tempo integral, que incluem fazer compras, levar as crianças de uma atividade extra-curricular pra outra, ajudar com estudos, preparar trabalhos escolares, participar das reuniões de pais e mestres, e as tarefas domésticas com um trabalho de meio período em uma firma de café descolado e academia ao menos uma vez por semana tudo praticamente sozinha já que seu marido, Mike (David Walton) é um completo idiota que acredita que o mundo gira ao redor do seu umbigo.
Amy está sempre correndo atrás da máquina, e ela própria reconhece que está perdendo a corrida já que seu maior talento em tempos recentes é se atrasar pra tudo.
Ainda assim, ela vai levando as coisas da melhor forma possível pela sua família até o dia em que literalmente tudo dá errado ao mesmo tempo e Amy explode.
Ela decide parar de tentar carregar o mundo nas costas, de mimar seus filhos e de se preocupar com o que todos os outros pensam, chegando a comprar briga com Gwendolyne (Christina Applegate), a autoritária presidente da Associação de Pais e Mestres.
A ousadia da recém rebelada Amy logo ganha a simpatia da podrona mãe solteira Carla (Kathryn Hahn), que não tem amigas por causa de sua promiscuidade assumida e decantada e seus modos de estivador, e da pobre Kiki (Kristen Bell), uma tímida e carente mãe que sofre nas mãos dos quatro filhos e do marido controlador.
Juntas, as três amigas resolvem despirocar de vez, se rebelarem contra o mundo, e declarar a quem quiser ouvir, que, adivinhe... Perfeita é a Mãe!
A despeito da premissa nível sessão da tarde, há dois trunfos no longa. O primeiro são os diretores/roteiristas Jon Lucas e Scott Moore, responsáveis pelo script de Se Beber Não Case, o que já advoga em favor do humor do filme que, a despeito de um excesso de montagens musicais com câmera lenta e música pop, tem seus momentos.
O segundo, é o elenco principal.
Mila Kunis está longe de ser uma atriz ruim, e além de muito bonita, tem ótimo tempo de comédia. Kathryn Hahn é uma atriz subestimada, e que, longe de ser uma Meryl Streep, segura a peteca além de, condição sine-qua-non para comediantes, não ter medo do ridículo. Menos sorte tem Kristen Bell, relegada à "coadjuvância" quase absoluta e sem nem mesmo material bom o bastante para tentar roubar umas cenas, ainda assim, ela se dá melhor do que os homens do elenco, que, como reza a cartilha das comédias de elenco feminino atuais, são divididos entre rasos e idiotas completos.
Apesar de algumas piadas simplesmente não funcionarem, e os momentos que deveriam ser emocionantes nem sempre engrenarem, Perfeita é a Mãe! ainda é uma boa comédia, considerando-se a média do gênero, especialmente num ano carente de filmes capazes de fazer rir, de fato (Sem pensar muito, acho que a única boa comédia de 2016 foi A Grande Aposta).
A despeito de uma virada de chave saindo da acidez rumo à doçura no final do filme, o longa se aguenta, e garante a diversão.
Com outros nomes conhecidos no elenco de apoio (Jadda Pinkett-Smith, Annie Mumolo, Jay Hernandez, além de pontas de Wanda Sikes e Martha Stewart) o longa se segura, e se diverte especialmente às mães norte-americanas em situações semelhantes à de Amy, não é menos verdade que tem munição pra divertir qualquer audiência que não esteja de mal com a vida.
Duas horas de diversão descompromissada na Netflix?
Claro que vale a pena.

"-Ás vezes, quando estou dirigindo sozinha eu tenho essa fantasia de que eu me envolvo em um acidente de carro. Não um desses grandes com fogo e explosões, só um pequenininho, mas eu me machuco e tenho que ser internada no hospital por duas semanas e eu durmo o dia todo, e eu como gelatina, e eu vejo tanta TV e é tudo coberto pelo meu seguro. Meus filhos me trazem balões e as enfermeiras passam creme nos meus pés, e, oh, meu Deus, é tão incrível. Isso é algo com que vocês fantasiam, também?
-Não.
-Você é louca-de-pedra.
-É.
-E eu nunca vou entrar num carro contigo."

2 comentários:

  1. Es interesante, verdad? También me pareció una buena producción. Es una gran película, palomera pero yo la disfruté bastante. (por cierto aquí: https://br.hbomax.tv/ podrán ver el próximo estreno y más datos curiosos) Creo que el éxito de la película se debe mucho al gran elenco, es bastante reconocido por su gran trabajo. A mi en especial me encantó la actuación de Kristen Bell, la madre más tímida y poco experimentada del grupo que se resiste a revelarse. Considero que está en su mejor momento como actriz. Es una excelente película la disfrute bastante.

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  2. Eu amo filmes de comédia! Desfruto muito deste gênero de filmes, sempre me chamam a atenção pela historia. Atualmente meu favorito é perfeita é a mãe É muito divertida, ri muito. É um bom filme para ser visto num sábado, garantida a diversão ao espectador. Acho que o roteiro deste filme foi muito criativo e foi uma peça clave de êxito de perfeita é a mãe.

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