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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Resenha Série: O Justiceiro, Temporada 1, Episódio 6: The Judas Goat



O episódio anterior de O Justiceiro não havia terminado bem para Frank. Apesar de ele e seu ex-companheiro Gunner terem conseguido massacrar os soldados enviados pelo "Agente Laranja" William Rowlins, o preço foi alto. Gunner morreu na floresta, e Frank, baleado e flechado, está em péssimo estado, muito além das habilidades médicas de Micro, o que obriga o ex-analista a ir até Curtis Hoyle em busca de ajuda para não deixar o Justiceiro morrer.
Enquanto Castle se recupera, Curtis, que já tinha coisas suficientes em seu prato com a situação mental de Lewis, que após se sentir traído por O'Connor (Delaney Williams) dá mais um passo em sua descida rumo ao inferno.
O ex-médico de campo tenta fazer Micro ponderar as consequências de levar Frank de volta à guerra, mas o ex-analista não tem mais ninguém a quem recorrer.
Ao mesmo tempo, a relação entre Billy Russo e Dinah Madani se aprofunda o suficiente para que a agente especial resolva se abrir, ao menos parcialmente, com o ex-militar. Sabendo que Frank está vivo, Billy passa a procurá-lo tanto através de Curtis, quanto através de códigos de rádio, algo que deixa Micro na ponta dos cascos.
Esse sexto episódio de O Justiceiro seguiu com a boa qualidade da série até o momento, embora tenha mudado sensivelmente o tom.
Há mais drama de personagens do que a urgência dos capítulos anteriores, o que está longe de ser mau negócio, já que as relações entre esses personagens é muito do que faz a série funcionar tão bem.
Novamente a relação entre Frank e David é um dos pontos altos da série.
A amizade entre os dois é muito bem trabalhada, e cresce de forma orgânica e esperta conforme eles experimentam, juntos, situações de vida ou morte, e quando David, de fato, resolve ouvir Curtis, e aconselha Frank a falar com Billy, que poderia oferecer-lhe uma forma de sair do país e retomar sua vida, ele fica no esconderijo sabendo que, tanto está perdendo a sua melhor chance de recuperar sua família, quanto aquele que pode ser seu único amigo.
A sequência onde Frank volta à casa de Sarah e as coisas se aproximam desconfortavelmente de uma conversa romântica é particularmente bem trabalhada, com David acompanhando pelas câmeras o clima entre sua esposa e seu amigo se tornando mais amigável e Frank sabendo que David está observando tudo pelo seu sistema de vigilância. Eu realmente não gostaria que as coisas se tornassem um triângulo amoroso manjado entre esses três, mas essa sequência, em particular, foi muito bem sacada.
O que nos leva a constatar, novamente, que todos os núcleos em O Justiceiro são muito bem escritos.
Eu me importo com os Lieberman, tanto com Sarah quanto com a filha Leo e o filho bully que está precisando de uma surra urgentemente, são todos personagens com quem eu me sinto capaz de sentir empatia. A mesma coisa vale para o núcleo de Curtis, com o grupo de apoio, O'Connor, Lewis e companhia, é uma história que eu curto acompanhar, em compensação, o pessoal do Lei & Ordem inserido ali no meio, segue sendo um pé no saco.
Madani, Stein, Hernandez... Todo o segmento estrelado pelo pessoal da Segurança Nacional é de amargar, e com a série prestes a ultrapassar sua metade, eles seguem dando a impressão de estarem em outro seriado, muito menos interessante, e que é enfiado no meio da edição.
De qualquer forma, acompanhar a jornada de Frank Castle segue sendo um prazer, e se o preço a pagar por isso é ter que suportar esses tiras xaropões, paciência.
O episódio se encerra com uma relação que não chega a surpreender quem acompanha os gibis, mas que deixa várias perguntas no ar. Os próximos sete episódios de O Justiceiro prometem.

"-Que tipo de vida é essa? Você passa por toda essa merda, é remendado e mandado de volta pra fazer tudo de novo."

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