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quarta-feira, 28 de março de 2018

Eu Não Sinto Saudade


Saudade, não.
Não, não, obrigado.
Eu não sinto saudade.
Não quero, obrigado.
Que saudade é pra homens de envergadura moral inferior.
Para aqueles que "supõe' e "esperam", mas não sabem.
Não com certeza.
Saudade é para aqueles que hesitam diante do artífice do sanduíche no Subway.
E tu bem sabes que eu não sou dessa estirpe.
Não senhora...
Quando diante daquele sujeito de avental e touca eu declamo os ingredientes que me aprazem com assertiva galhardia.
Tal e qual Laurence Olivier diante da platéia.
É rápido, rasteiro e convicto.
Certezas firmes como a defesa do Milan dos anos 90.
Saudade é para pessoas de caráter dúbio.
Não, pra mim.
Não, obrigado.
Saudade é pra quem responde que "joga em qualquer uma", antes da pelada.
E eu, eu sou zagueiro.
Se o time precisar muito, faço a lateral ou a volância, mas friso que vai ser improviso.
Convicção, sempre.
Saudade, nunca.
Saudade é pra quem usa reticências e interrogações.
Pra quem se pergunta e aventa.
Eu afirmo.
Meus pontos são finais. Porque esse é o jeito certo.
Saudade, é o errado.
Não, senhora.
Não quero.
Que só sente saudade quem se ressente de ausência.
E pra mim, tu é sempre presença.

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