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segunda-feira, 19 de março de 2018

Resenha Série: Jessica Jones, Temporada 2, Episódio 4: God Help The Hobo


O quarto episódio da temporada de Jesica Jones voltou com força ao falatório.
Começando pelo sessão obrigatória de controle de raiva à qual Jessica foi sentenciada após agredir Cheng, passando pela demissão diária de Malcolm e a discussão e posterior sessão de amassos com Oscar (J.R. Ramirez) o síndico/latin lover do andar de cima e óbvio interesse romântico da temporada, sem contar todo o drama de Trish em sua relação conturbada com Griffin (Hal Ozsan), que parece um bom sujeito mas faz uns movimentos deveras suspeitos pelas costas da namorada, God Help The Hobo foi uma longa sessão de falatório expondo de maneira quase pornográfica a dinâmica emocional dos relacionamentos de cada um dos personagens.
A luta no corredor de Jessica Jones é travada na mente da protagonista e seus amigos, e, minha nossa, de vez em quando pode ser aborrecida pra danar.
Jessica continua sendo uma personagem difícil de se relacionar em sua chatice quase insuportável, mas nesses últimos quiatro capítulos ela deixou de ser a única. Trish está equilibrando as coisas nessa temporada indo pelo mesmo caminho.
Em sua obsessão por se tornar uma heroína a radialista e ex-estrela infantil não se furta de se tornar uma tremenda mala sem alça e nem de tomar todas as más decisões possíveis como, por exemplo, dar um teco esperto no inalador de Will Simpson.
Claro, certamente parece uma ótima ideia tomar um gole daquele suco de psicopata. Porque não? E daí que ela quase matou a única pista da dupla do paradeiro da mulher misteriosa que se passou pela doutora Hansen e deu uma coça em Jessica no bar no último capítulo.
No entanto, a despeito da falta de jeito de Trish, a enfermeira Inez Green (Leah Gibson), ex-funcionária da IGH, revela que a tal mulher não era funcionária do laboratório, mas uma paciente. Uma paciente perigosa, que durante uma fuga, matou uma colega de Inez e quase matou a própria.
A assassina misteriosa, por sinal, também se manteve ocupada nesse episódio, usando seus poderes (basicamente os mesmos de Jessica) para impedir que Pryce Cheng obtivesse a pesquisa de Jess a respeito do IGH.
Claro, ao fazê-lo ela colocou Jessica na mira da polícia, quando um investigador da firma rival da Codinome Investigações apareceu estraçalhado na soleira da porta da casa da detetive.
Mais uma vez, a linha narrativa que acompanha Jeri Hogarth segue sendo a mais interessante da série. A personagem transita por diferentes espectros do luto, indo de procurar por tratamentos alternativos e de ponta para sua doença, até considerar a possibilidade de suicídio assistido ao confrontar sua médica em busca de alternativas.
Jeri não está disposta a ceder o controle de sua vida à doença, e a forma como Carrie Anne-Moss retrata a luta da advogada é, sob diversos aspectos, o ponto alto da série em seus primeiros capítulos.
Vejamos se na sequência da temporada a balança se equilibra, e Jessica consegue recuperar a ribalta. Até esse momento, a linha narrativa dela não é a mais inspirada, e muito disso se deve ao passo arrastado dos roteiristas para movimentar a trama.


"Verão em Nova York. É quente, úmido, e todo mundo fica um pouco mais irritado que o normal. Ou melhor. Muito mais."

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