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quarta-feira, 28 de março de 2018

Resenha Série: Jessica Jones, Temporada 2, Episódio 11: Three Lives And Counting


Atenção! Zona de Spoilers adiante!
O último episódio de Jessica Jones havia terminado com Jess matando Dale Holiday, o guarda abusivo que torturara Alisa nos últimos dias. A detetive particular, tendo percebido o tamanho da cagada que fez, resolve maquiar a morte do sujeito, um assassino serial que já havia matado prisioneiros em outras cadeias. Jessica aparentemente faz tudo certo, mas matar acidentalmente Dale tem um efeito bem pior nela do que matar Kilgrave havia tido.
Jessica experimenta uma tremenda crise de consciência e começa a ter alucinações. Nominalmente: Desenvolve um delírio de Kilgrave sobre seu ombro o tempo todo, mais ou menos como acontecera ao Batman no game Arkham Knight.
Aqui é importante abrir um parêntese:
O programa muda muito com a presença de David Tennant. O ex-Doutor tem uma presença magnética e a versão do vilão projetada por Jessica é repleta das melhores características do personagem, amoral, sarcástico e sádico.
Como se Jessica já não tivesse problemas o suficiente entre homicídio, mãe super-poderosa encarcerada e alucinações, ela ainda descobre que o doutor Malus, peça fundamental do arranjo feito entre Jeri e a promotoria, não está onde ela havia deixado.
Não demora muito para a investigadora descobrir quem foram os responsáveis pelo sumiço do cientista, e começar sua caçada a Malcolm e Trish, cujas reais intenções para com Malus ficam bem claras.
A loirosa não pretende entregar o bom doutor para a polícia. Ao menos não sem antes usar o experimento de redesenho genético de Malus em si própria com consequências trágicas para ela e para o cientista.
E é fácil de imaginar o efeito que qualquer mal que recaia sobre Malus tem sobre Alisa, que, aparentemente está numa prisão onde os guardas se dividem entre sádicos e incompetentes. Que dizer, por que diabos do inferno a guarda entrou na cela com a super-mulher que tem problemas mentais?
Isso não faz nenhum sentido, mas também, depois da conversa de Alisa e Jessica não levantar NENHUMA suspeita a respeito do suicídio de Holiday, acho que ninguém naquela prisão é sequer remotamente qualificado pro seu trabalho.
Novamente a preguiça dos roteiristas presta um desserviço à série, e nem vou entrar no mérito das ações de Trish, que a cada capítulo que passa se torna uma personagem mais intragável em seu comportamento errático embrulhado em hipocrisia.
A personagem não perde uma chance de fazer um discurso a respeito de como quer ser capaz de defender os indefesos e ao mesmo tempo manipula, ameaça e sequestra com a maior desfaçatez do mundo em sua busca por super-poderes.
É até difícil acreditar que é a mesma personagem da temporada anterior.
A despeito desses vícios bem xaropes no roteiro de Jessica Jones, o episódio não foi ruim, óbvio, muito disso se deve à presença de Tennant, que teve alguns minutos pra deixar bem claro por que faz tanta falta ao programa.


"Somos só nós dois, agora. Como sempre deveria ter sido."

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