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sexta-feira, 16 de março de 2018

Resenha Série: Jessica Jones, Temporada 2, Episódio 2: Freak Accident


Atenção! Pode haver spoilers.
O segundo capítulo da nova temporada de Jessica Jones seguiu com seu passo comedido que nos faz imaginar se os executivos da Netflix e da Marvel sabem que os episódios das suas séries podem durar menos de uma hora ou quase isso.
Freak Accident é mais um episódio lento da série, tão lento que soa inchado.
Jessica e Trish saem em busca de pistas sobre a IGH, mas, claro, uma deixa a outra no escuro com relação a isso. Enquanto Jessica acaba esbarrando com o funeral do doutor Kozlov, responsável pelas drogas que tornaram Will Simpson um Capitão-América psicopata, Trish Walker visita um diretor de cinema escamoso que se aproveitou dela na infância em busca de novas pistas.
Trish, por sinal, já havia deixado claro que sonhava em ter poderes e ser uma heroína, e nesse episódio faz sua melhor imitação de Jessica Jones, tomando decisões completamente idiotas e colocando ela e as pessoas que a cercam em riscos desnecessários.
Mais do que isso, Trish se vê cara a cara com Simpson (Wil Traval) que a vem perseguindo descaradamente desde o episódio passado, claro, Trish está em modo mulher-maravilha, suplanta Will e ainda mete uma bala no pobre desgraçado que, surpresa, surpresa, não queria feri-la, mas protegê-la de outra cria do IGH, uma espécie de monstro nas palavras do ex-policial, que não pode ser detido.
Óbvio, conhecendo a série, fica fácil supôr que o tal "monstro", dificilmente será simplesmente uma criatura grotesca e muito forte, e, conhecendo o ritmo das séries Marvel/Netflix, fica fácil supôr que provavelmente só o veremos lá pela metade da temporada, mas enfim, parece algo pelo qual ansiar nos capítulos vindouros.
Um segmento surpreendentemente mais interessante foi o de Jeri Hogarth (Carrie Anne-Moss). A advogada durona que colocava todas as outras mentes legais da Marvel/Netflix no bolso resolve lidar com um diagnóstico misterioso ao melhor estilo Zack Galifianakis em Se Beber Não Case, usando prostitutas e cocaína. A despeito da bobagem, é uma boa cena, na verdade, uma ótima cena, com a personagem deixando dolorosamente claro que a sua "diversão" é mero escapismo, fazendo a audiência coçar a cabeça pra saber qual poderia ser a causa para uma mudança tão drástica de atitude da personagem que, em poucos minutos em cena, roubou o episódio.
O segundo capítulo da temporada manteve o ritmo vagaroso, mas acertadamente centrou seu foco na relação entre Trish e Jessica, um dos pontos altos da primeira temporada. Apesar do andar arrastado, a série se sustenta, e, ao menos, oferece uma sugestão de elevação no quesito perigo para a sequência da temporada.

"Com grandes poderes, vem grande doença mental..."

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