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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Resenha Série: Luke Cage, Temporada 2, Episódio 4: I Get Physical


Após estabelecer que Luke Cage se tornou mais poderoso do que antes nos primeiros episódios da nova temporada, a série inicia seu quarto capítulo com o protagonista levando uma coça daquelas.
Tão previsível quanto o fato de que a bandidagem continuará atirando em Luke independente de ser público e notório que o sujeito é à prova de balas, é o fato de que o vilão da vez pode bater em Cage, não importa o quão forte ele seja.
OK, é legal que o herói da série encare desafios, mas talvez fosse mais interessante se os desafios não fossem sempre armas com munição perfurante ou sujeitos capazes de surrar um cara praticamente invulnerável... De qualquer forma, o fato de Bushmaster ser capaz de nocautear Luke mesmo após o upgrade de sua força e invulnerabilidade, nos leva a crer que, se o bandido jamaicano tivesse aparecido na temporada passada, ele provavelmente teria matado o herói do Harlem de tanta pancada.
Outro ponto igualmente previsível e algo preguiçoso da série é a forma como Misty Knight trata seu trabalho. Eu já havia falado sobre a completa falta de profissionalismo e respeito pela hierarquia que a detetive demonstra desde que voltou à ativa, e é impressionante que ela siga, não apenas repetindo os mesmos erros, mas também sendo incoerente.
Ela e Luke vão juntos até o armazém onde Cage conheceu Bushmaster no Brooklyn, nesse momento, Misty não está preocupada com a legalidade da situação. Ter um civil aprimorado consigo está OK até que eles encontrem o cadáver decapitado de Nigel, aí, ela não pode deixar Luke ir embora de fininho porque seria ilegal...
Misty, Misty, Misty... Tu foi a melhor coisa da primeira temporada da série, não se torne um acessório irritante e preguiçoso de roteiro tão rápido, por favor.
Falando em acessórios irritantes, Claire, após o chilique de Luke no capítulo anterior, fez as malas e se mandou de Nova York pra visitar sua abuelita em Havana. Isso, somado à ida de Bobby Fish para San Diego para cuidar da filha doente, deixa Luke contando apenas com Misty Knight e seu deturpado senso de legalidade para encarar a guerra de gangues que se avizinha.
Quem poderia ser uma nova aliada é Tilda Dillard. A filha de Black Mariah é visitada por Luke, e até ajuda o protagonista a se livrar dos efeitos de uma concussão com um preparado fitoterápico que é tão fictício que até funciona.
É difícil, porém, ter certeza de quais são as intenções de Tilda para com Luke. As intenções e disposições da personagem ainda são misteriosas, e eu não colocaria minha mão no fogo por ela.
Quem continua sendo interessante nesse começo da série são justamente Shades e Mariah.
Os dois personagens têm a linha narrativa melhor definida e as preocupações mais palpáveis. Shades continua sem confiar plenamente em Piranha Jones (Chaz Lamar Shepherd), o banqueiro de investimentos que controla todo o patrimônio do casal, e, pra ser franco, só de olhar para Piranha Jones, eu entendo ele totalmente.
A melhor cena do episódio foi, sem dúvida, o encontro entre Mariah e Bushmaster. A conversa dos dois, a respeito da construção do Harlem's Paradise e a receita do rum Bushmaster teve todos os ingredientes de uma boa confrontação de inimigos jurados. Impressionante como a série mantém seus vilões personagens com motivações mais interessantes do que seu protagonista. Tomara que Cheo Hodari Coker não repita o erro de matar um dos melhores personagens no sétimo episódio a exemplo do que aconteceu com Boca de Algodão na primeira temporada.
Enfim, o capítulo se encerrou com complicadores no horizonte de Luke. O herói foi intimado em um processo movido por Cockroach por conta do ataque de Luke. Ainda tivemos o primeiro vislumbre do braço robô de Misty (que não é criação da Stark Enterprises, mas da Rand Industries), além da revelação de que o amigo de Shades, Comanche (Thomas Q. Jones) é um informante da polícia a serviço do capitão Ridenhour (Peter Jay Fernandez), isso, somado à revelação de que a hostess Billie (a lindona Tarah Rodgers) também é uma informante, mas a serviço de Bushmaster, transformou o Harlem's Paradise em um ninho de ratos.
Após três episódios com ritmo promissor, a série pisou no freio pra garantir que a audiência sentisse o peso da queda de Luke Cage. Após digerir isso, resta esperar pra ver como a coisa toda vai se desenrolar daí pra frente.

"-Todo mundo adora ver um rei cair..."

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