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sexta-feira, 6 de julho de 2018

Resenha Série: Luke Cage, Temporada 2, Episódio 8: If It Ain't Rough, It Ain't Right


Foi bom perceber que, ao menos em um primeiro momento, a barreira do sétimo episódio foi vencida por Luke Cage sem uma queda acentuada na qualidade do programa. Talvez seja cedo pra comemorar o fato de a segunda temporada de Luke Cage não ter descambado, mas a verdade é que, à essa altura da temporada passada, Cornell estava morto e o herói à prova de balas havia sido baleado, então, grande avanço.
A morte de Ridenhour levou Misty Knight de volta à polícia. A pior policial honesta do mundo se tornou a detetive mais antiga da delegacia, e, por consequência, está chefiando a porra toda até que um substituto seja apontado para o falecido capitão.
Vê-la apertando a bandidagem em busca de justiça para seu chefe foi uma boa, ainda que a "reconciliação" entre ela e a detetive Nandy (Antonique Smith) tenha soado terrivelmente artificial, é bom ver tiras fazendo trabalho policial vagamente verdadeiro em uma série de TV. A barreira entre o que Misty e seus amigos sabem, e aquilo que podem provar em um tribunal é um obstáculo palpável, e eu, que sempre fui fã de histórias policiais, gosto da ideia de ver um programa onde os tiras realmente tenham que quebrar a cabeça pra poder condenar bandidos espertos como Mariah e Shades.
Ah, Mariah e Shades...
Os dois voltaram a ser destaque (ou continuam sendo...?) nesse episódio.
A despeito da vereadora/criminosa quase ter sucumbido à perda de seu clube, dinheiro, casa e até advogado, a frieza de Shades, que nasceu pra ser malandro, a trouxe de volta ao jogo. Que Luke, Misty e companhia me desculpem, mas é complicado torcer pros heróis quando os vilões simplesmente fazem mais sentido, são mais profundos, melhor desenvolvidos e têm atores comprometidos suando a camisa trazendo-os à vida.
A calma com que Shades rejeita a tentativa de Misty de jogá-lo contra Mariah, e traz a herdeira de Mamma Mabel de volta para o seu lado é genial. Seu discurso sobre a vida de bandido, e de como Mariah se tornou uma criminosa a partir do momento em que jogou Boca-de-Algodão pela janela é particularmente inspirado, considerando o contexto da série, e eu me pergunto se sou o único pensando em como o casal de bandidos, especialmente Shades, têm roubado o show ao longo da primeira metade da temporada.
Em especial Shades, já que Mariah está dividindo seu tempo entre tentar ser a dona do Harlem e ser mãe de Tilda Dillard.
Por mais que eu entenda a intenção de ter um toque de filhos pagando pelos pecados dos pais na temporada, um tema recorrente tanto na vingança de Bushmaster quanto na relação entre Luke e James, a verdade é que a relação entre Tilda e Mariah é simplesmente muito chata.
Menos mal que Gabrielle Dennis é um pitéu e queMariah parece realmente se importar com seu bem-estar, à sua própria maneira torta. Mais do que isso, Tilda parece ser o trunfo do qual Luke precisava. Além de querer testar melhor os limites dos poderes de Luke (Obrigado. Jogar um pneu longe não é um teste!), ela pode ser a chave para descobrir como funcionam os poderes de Bushmaster (embora eu me pergunte se isso ainda é necessário... Luke venceu a segunda luta com o bandido jamaicano.).
Bushmaster, aliás, parece estar despirocando.
Anansi (Sahr Ngaujah), seu tio, lhe explica de novo e de novo que o uso indiscriminado da Sombra da Noite pode ser danoso para a mente, mas McIver não parece nem um pouco interessado em ouvir, especialmente após descobrir que Mariah ainda está viva, salva por Luke Cage.
Luke, por sinal, teve pouco o que fazer nesse capítulo. Ele apenas deu um bico em um carro, levou uns tiros e nocauteou uns capangas enquanto tentava convencer Tilda a falar a verdade sobre a relação entre Bushmaster e Mariah, além de ter ido tentar proteger seu pai.
James Lucas parece genuinamente reformado, e, depois desse episódio, seria meio broxante descobrir que ele secretamente é um vilão. Posto isso, eu preciso me perguntar se ele tem algum papel verdadeiro na trama além de ser só mais um acessório para as questões familiares que são o pano de fundo da temporada.
Enfim, If It Ain't Rough, It Ain't Right foi um bom episódio, até acima da média razoável da temporada, e se encerrou com a sugestão de uma participação de Danny Rand na trama. Será que veremos o Punho de Ferro em ação, ou apenas seus recursos?
Veremos.

"-Muita gente parece estar perdendo a cabeça, ultimamente.
-Braços, também."

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