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sexta-feira, 5 de julho de 2019

Resenha Série: Jessica Jones, Temporada 3, Episódio 12: Lotta Worms


Após o show de horrores (no mau sentido) que foi o capítulo anterior, Lotta Worms foi um puta avanço.
Jessica, suspeita de homicídio no caso Nussbaumer, é liberada após o distintivo do policial assassinado ser encontrado no cadáver da última vítima de Trish.
Jess não está satisfeita, e chegar em casa e encontrar Erik curtindo uma guilty trip embriagada em sua banheira não ajuda.
Nós sabemos que Erik ajudou Trish por se sentir culpado pela morte da mãe da loira, e porque, quando ela matava uma pessoa ruim, isso causava um efeito de euforia e alívio nele, quase como uma droga. O que nós não sabemos é por que ele fez isso pelas costas de Jessica ao invés de ir logo contar pra ela o que havia acontecido quando ela o inquiriu após a morte do tira.
Seja como for, Jess não demora muito a perdoar o sujeito, e eu devo dizer que fico feliz. Erik é o melhor namorado que Jessica poderia ter, e por mais que eu saiba que eles dificilmente irão acabar juntos, não custa torcer...
Enfim, Erik explica para Jess que Trish foi para o lado sombrio, e que à essa altura lhe dá uma dor de cabeça nota 5 de 10.
Jessica sabe qual é o próximo alvo de Trish: O assassino de sua mãe, Sallinger.
Isso coloca a investigadora beberrona como a principal protetora de seu inimigo, não para salvá-lo, mas para salvar Trish, e impedir que sua irmã vá longe demais em sua sanha assassina.
A luta entre as duas no hospital tem bons momentos, e outros não tanto. Embora Trish tenha razão ao falar sobre como Jessica já matou gente (Kilgrave não seria o parâmetro ideal para Trish argumentar com a irmã, mas a morte do carcereiro da Balsa na temporada passada...), isso não justifica que ela queira se tornar um Frank Castle de colante e sair matando todos os criminosos do mundo, deixando claro que a loira está cada vez mais longe do ideal heroico que tanto almejou.
Eventualmente Jess entende que não conseguirá convencer Trish a esperar que Sallinger seja preso e punido de acordo com a lei, o que a força a improvisar.
As coisas terminam com Trish presa em casa com Malcolm, acorrentada à uma coluna e forçada a ter as mais aborrecidas conversas sobre relativismo moral com Malcolm, que, por sinal, tem alguns momentos ao longo do episódio para saber quão escroto ele tem sido, incluindo aí sua relação com Brianna e o fim de sua relação com Zaya. Trish, por sua vez, escolhe se abrir justamente com Malcolm, talvez porque ambos sofrem com vícios substitutos. Ele trocou as drogas por sexo, ela trocou as drogas por homicídio, e não é que Malcolm levou a melhor nessa?
Seja como for, eventualmente chegamos ao ponto alto do episódio, e ele é o confronto derradeiro entre Sallinger e Jessica.
A detetive se vê do lado errado da lente da câmera do assassino serial, amarrada à uma cadeira e tendo que ouvir o interminável discurso do vilão sobre como ele vê as pessoas como realmente são.
Não creio que chegue a ser um spoiler dizer que Jessica não morre, mas é bacana.
Usando muito pouco de seus poderes a detetive consegue superar o homicida em seu próprio jogo, e ainda arranja evidências para incriminá-lo, e trazer o detetive Costa de volta ao jogo no que poderia ter sido um final perfeito para a série se esse não fosse apenas o penúltimo capítulo da série.
É aos 45 do segundo tempo que Jessica descobre que, ás vezes, mesmo fazendo tudo certo, há batalhas que simplesmente não podem ser ganhas, e a batalha que ela realmente estava travando nessa temporada, foi irremediavelmente perdida.
Lotta Worms, com sorte encerra diversos arcos que vinham se arrastando ao longo da temporada (Malcolm... Céus, que personagem que ficou chato...) e prepara o terreno para o encerramento do seriado no décimo terceiro episódio de maneira satisfatória, competente, até...
Falta uma hora para o fim da Era dos Defensores na Netflix, e vamos torcer para que seja digno.

"Deve ser enlouquecedor ser tão previsível..."


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