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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Resenha Cinema: Alice no País das Maravilhas.


No último sábado fui ao cinema, pelo segundo final de semana consecutivo, tentar assistir Alice no País das Maravilhas, releitura de Tim Burton do clássico de Lewis Carrol, e, ao contrário da semana anterior, quando, por conta da lotação de Alice, acabei revendo Homem de Ferro 2, consegui sentar a minha carcaça na sala 1 do Cinesystem do shopping Total, e ver o filme. Talvez por minhas expectativas serem baixas, não achei mau filme, não, pelo contrário, até achei bacana.
O filme é uma releitura/sequência do Alice no País das Maravilhas original, e de Através do Espelho (E o que Alice Encontrou Por Lá), ambos de Carrol. Nele encontramos Alice (Mia Wasikowska, pálida, bonita/estranha, bem ao gosto de Burton), aos dezessete anos, a menina, prestes á ser pedida em casamento por um jovem aristocrata com cara de flatulência, não tem memórias de suas viagens anteriores ao País das Maravilhas, imaginando que as estranhas figuras que povoam seus sonhos e pesadelos não são mais do que fruto de sua imaginação.
Porém, durante sua "festa de noivado", ela é atraída pelo coelho branco que a leva de volta para o Mundo Subterrâneo (Underland, Wonderland, sacaram?), onde as coisas não vão bem.
A Rainha Vermelha (Helena Bonham-Carter, divertidíssima na melhor atuação do filme.) domina o mundo com mão de ferro, cortando as cabeças de quem se opõe à ela, sem sofrer represálias por ter nas suas tropas o Valete de Copas (Crispin Glover, esquisito como sempre.) e, principalmente, o terrível Jabberwocky, que só pode ser vencido pela espada Vorpal, também em poder da Rainha Vermelha.
Alice, pensando estar em um sonho, deixa-se levar pelas criaturas estranhas como os gêmeos Tweedledee e Tweedledun (Matt Lucas), o rato e o gato risonho (Stephen Fry, maneiraço.), o Chapeleiro Louco (Johnny Depp, fazendo uma performance meio Willy Wonka, meio Sweeney Todd), a Lebre de Março, e a Rainha Branca (Anne Hathaway, que, como Amy Adams, nasceu pra interpretar princesinhas.) conforme reencontra sua coragem, e redescobre o País das Maravilhas.
É, no final das contas, uma mescla decente entre um típico filme da Disney, e um filme do Burton. Não os melhores filmes de Burton, como Edward Mãos de Tesoura, Ed Wood e Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas, mas certamente superior a O Planeta dos Macacos e A Fantástica Fábrica de Chocolate, claro, tem lá seus defeitos, a protagonista, Mia Wasikowska (Diga isso rápido três vezes!), deixa um pouco á desejar no quesito talento dramático, Johnny Depp está irregular no papel de Chapeleiro Louco, o que, talvez seja proposital, o uso dos efeitos em 3-D é meio gratuito, sem a elegância discreta de Avatar, por exemplo, e no desfecho do filme, surge uma batalha no estilo "filhote de O Senhor dos Anéis" que é bastante desnecessária, assim como o número de dança constrangedor de Depp.
Ainda assim, é um filme simpático e otimista, com um visual lindo (A produção de arte de filmes de Tim Burton sempre é candidata á prêmio.), algumas ótimas atuações, especialmente do time de dubladores que inclui Michael Sheen e Alan Rickman, e que pode ser ainda melhor aproveitado se não houver um par de cocotas pós-púberes apaixonadas por Johnny Depp na fila atrás de você.

"Por que um corvo é igual á uma escrivaninha?"

2 comentários:

  1. Teu blog tá um luxo,Mestre! Aliás, não estou nem surpresa com isso =D amei amei amei Beijo da tua Elfaceira

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  2. Bem, eu gostei do filme. Gostei do Deep e do gato!!! a Alice está pacatamente incólome e a Dancinha do Chapeleiro eu até tentei imitar, mas sabe como é, dá torcicolo!!!
    bj
    B.

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