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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Rapidinhas do Capita

Fernandão vai se tornar o Alex Ferguson colorado? Tá bem, exagero tremendo, o cara mal tem quatro jogos no comando do Inter, mas dá uma certa sensação de esperança ver um sujeito tão identificado com as cores do clube na casamata. E o retrospecto invicto, mesmo com o time todo espatifado, é um bom augúrio.
Que seja longa e próspera a passagem do Fernandão pelo comando técnico do Inter. E que a Força esteja com ele.

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A Beatriz andava fula da vida naqueles dias. Fula, mesmo. Tinha a impressão de que nada dava certo pra ela, e que todas as decisões que tomara haviam sido erradas, em todos os âmbitos sem exceção. Agora enquanto tentava avaliar suas possibilidades, via-se amarrada de todos os lados por, justamente, ter tomado decisões erradas.
Vá lá, erradas era um exagero, até porque a Beatriz não era o tipo de pessoa que tomava decisões sem pensar bem antes. Mas fizera apostas que até foram bem no curto prazo mas, que no médio, já começavam a mostrar sinais de falha estrutural.
Ficou mais fula ainda ao perceber que não tinha quem culpar pelas más decisões que tomara.
Aliás, tomara alguma decisão? Olhando em perspectiva, a maioria das decisões com as quais ela vinha convivendo ultimamente haviam sido tomadas por outros. Ela, claro, tinha sua parcela de culpa, afinal, consentira com aquilo, mas no fim, haviam tirado da Beatriz a possibilidade de decidir sozinha. Vá lá que ela demorava uma eternidade pra tomar decisões, mas era justamente pra evitar que más decisões fossem tomadas... Mas ela deixara que outros decidissem por ela, e agora pagava o preço.
Sentiu-se mal ao avaliar que fora cerceada de suas liberdades em vários níveis.
Mas por não ter imposto sua vontade e opinião.
Era tudo culpa dela e dela sozinha. "Bem feito pra mim", ela pensou, "quem mandou funcionar diferente de todos os outros seres humanos da face da Terra, né?".
Passou horas andando naquele dia, pensando no que podia fazer pra ajeitar as coisas pra si, e pros outros, mas não encontrou solução. Não encontrou nada exceto a certeza de que aquele sapato de salto alto machucava o pé após três quilômetros, mais ou menos. Voltou pra casa, entrou com cara de poucos amigos, caminhou até o banheiro onde fez xixi de porta aberta.
Era um tipo de vingança. Podiam lhe tirar todas as liberdades, mas jamais a impediriam de mijar de porta aberta.
Ou não...

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-Cuidado - Disse o Firmino à Gabi -Eu posso acabar me apaixonando por ti.
-Quem tem que ter cuidado é tu. - Ela replicou.
-Quem me dera fosse tão simples. - Ele suspirou olhando pra longe.

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