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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Resenha DVD: Tammy


Vou confessar que, ás vezes, me sentia mal pela Melissa McCarthy.
Sério... Eu sei que ela é muito rica, famosa e que até adquiriu um certo status em Hollywood após Missão Madrinha de Casamento, mas eu me colocava no lugar dela e imaginava se valia a pena ficar rico às custas do tipo de trabalho que a Melissa McCarthy faz...
Pôxa... A gente olha a Melissa McCarthy em qualquer lugar, fazendo qualquer coisa, e imediatamente pensamos numa gorda trapalhona e sem noção que acha que pega todo mundo, que fala alto e que inevitavelmente vai se embaraçar fazendo alguma coisa inapropriada por não ter super ego... Sei lá... Me deixava meio triste por ela, que não parece má pessoa e já demonstrou que tem algum talento.
Mas, depois de assistir a esse Tammy, minha comiseração pela Melissa McCarthy desapareceu...
Produtora e co-autora do roteiro do filme, Melissa McCarthy arranjou, para si própria, um papel exatamente igual aos outros que já fez.
Só que ainda mais patético.
No longa dirigido pelo marido da atriz, Ben Falcone, McCarthy é a Tammy do título.
Num dia desastroso, Tammy atropela um cervo á caminho do trabalho, se machuca, se atrasa, é demitida pelo chefe (Falcone) cretino, apenas para chegar mais cedo em casa e descobrir que seu marido Greg (Nat Faxon, de O Verão da Minha Vida), está tendo um caso com a vizinha Missi (Toni Collette).
Arrasada, Tammy volta pra casa de sua mãe (Allison Janney), três casas adiante, e pede seu carro emprestado para sair da cidade.
A mãe nega, e Tammy se vê obrigada a aceitar a carona de sua avó, Pearl (Susan Sarandon).
Tammy quer apenas afogar as mágoas e clarear a cabeça dirigindo um pouco, mas Pearl tem outros planos. Ela deseja viajar até as cataratas do Niagara, viagem que não conseguiu fazer com seu pai sessenta anos antes.
O problema é que a avó de Tammy não é exatamente um exemplo de velhinha.
Uma alcoólatra impulsiva e inconsequente, Pearl consome drogas ilegais, faz sexo com desconhecidos e não hesita em avacalhar a neta quando está intoxicada.
Sem alternativas, não sobra muita coisa para Tammy, exceto tentar gerenciar a avó maluca, e garantir que ela chegue viva e bem ao destino, uma tarefa que só se torna mais complicada à medida em que Tammy também não é nenhum exemplo de equilíbrio.
Cara... Nem sei por onde começar...
Tammy opera dentro de uma fórmula de road movie bem tradicional, com os opostos viajando juntos e passando por situações que os levam a se conhecerem melhor, compreenderem um ao outro e talicoisa... Mas não dá certo...
Tammy até tem alguns momentos engraçados (que acabam não soando tão engraçados devido à repetição. Qual é? Já vimos McCarthy fazendo caretas, errando saltos e levando tombos em todos os seus outros filmes), Susan Saradon tenta emprestar um pouco de talento em suas cenas, especialmente aquelas em que tem de encarar as consequências de seus atos quando bêbada, mas também falha, já que o roteiro não tem nada de muito consistente a oferecer além de uma sequência de gags de gorda.
Na verdade chega a ser estranho o elenco que McCarthy e Falcone conseguiram unir em Tammy. Além de Sarandon, Janney e Collette, ainda há participações de Dan Aykroyd, Kathy Bates, Sandra Oh e Gary Cole, num tremendo desperdício de talento.
Absolutamente descartável, e carente de momentos de riso genuíno, Tammy serve apenas como veículo para McCarthy se garantir como a comediante gorducha mais rentável do cinema (eu não sei se a Rebel Wilson não é mais engraçada...) e empregar seu marido.
Espere passar na TV a cabo. Não vale a locação.

"-Eu sou como Cheetos. É impossível comer um só."

2 comentários:

  1. Olá!! Vi este filme no fim de cinema, e estava com grandes expectativas por causa da atriz e por gostar de comédias....Mas foi uma grande decepção. Um filme completamente sem graça e forçado.Acho que nem quando se passar na televisão irei querer ver, muito chato uma pena para esta atriz não talentosa. A resenha esta super bem descrita.

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    Respostas
    1. Também gosto da McCarthy, Michelli, e não estava mentindo, me sentia meio mal por ela só pegar esses papéis pra fazer. Mas enfim, se ela gosta e capitaliza em cima disso, paciência, né?
      Obrigado pela visita, a casa está sempre aberta.

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