Pesquisar este blog

terça-feira, 18 de junho de 2019

Resenha Série: Jessica Jones, Temporada 3, Episódio 1: The Perfect Burger


Eu não sei ao certo o que me levou a começar a ver a terceira e última temporada de Jessica Jones na Netflix.
Me pareceu algo fútil ver o desfecho da série que será o fim oficial da parceria Marvel/Netflix antes de o Disney+ se tornar a única e definitiva casa dos heróis do MCU, e Jessica Jones, pra mim, sempre foi a série menos divertida do quatrilho dos Defensores (além de Jessica, Punho de Ferro, Luke Cage e a excepcional Demolidor). Ainda assim, pensei que seria injusto não ver o final do seriado já que eu assistira às duas primeiras temporadas, então, aqui estamos.
Reencontramos Jess (Krysten Ritter) algum tempo após a trágica morte de sua mãe.
Seguindo os conselhos de Alisa, Jessica assumiu seu lado heroico. Ela retomou sua rotina como investigadora, é cheia de clientes e tem uma lista de espera de pessoas a quem ajuda de graça.
Ela tem uma assistente de quem não gosta, Gillian (Aneesh Sheth), ainda bebe demais e faz sexo casual com estranhos que pega em bares, mas seus vísculos estão cada vez mais reduzidos.
Sua relação com Trish (Rachel Taylor) ainda não voltou ao normal após sua melhor amiga-quase irmã ter assassinado sua mãe com um balaço na cabeça. Sua amizade com Malcom (Eka Darville) também segue comprometida após os sucessivos passa-foras da temporada anterior, e eles se falam de maneira cordial e distante apenas quando se esbarram no corredor do prédio. Mesmo seu relacionamento com Oscar (J. R. Ramirez) teve um fim nesse meio tempo e suas interações humanas não-hostis se resumem à tietagem de Vido (Kevin Chacon) e à sua pseudo amizade com Jery Hogarth (Carrie Anne-Moss), que também está isolada.
A advogada durona começou a sentir os primeiros sintomas mais graves de sua esclerose lateral amiotrófica, e começa a ficar com medo, não apenas das consequências da doença, mas também de não ter a quem recorrer se, eventualmente as coisas ficarem ruins a ponto de ela decidir abreviar a própria vida.
A única pessoa na vida de Jeri, é Jessica.
A cena entre as duas, aliás, é um dos melhores momentos de um episódio sem grandes luzes.
Não vamos além daquelas cenas de ação estilo Power Rangers, com gente sendo arremessada e tiradinhas sarcásticas de Jessica, de modo que a discussão entre a investigadora e a advogada talvez seja o ponto mais dramaticamente pujante dessa primeira hora da temporada.
Ao menos até Dorothy (Rebecca De Mornay) surgir no escritório de Jess avisando que Trish desapareceu.
Se inicialmente Jessica faz todo o possível para ignorar as súplicas da mãe mais irritante do MCU, ela eventualmente cede e resolve ir atrás de de Trish, apenas para descobrir que a bonitona anda trilhando um caminho perigoso desde que descobriu que o procedimento a qual se sujeitara na temporada passada rendera frutos e que ela desenvolvera habilidades sobre-humanas.
Jessica não parece muito satisfeita em descobrir o que Trish anda aprontando, e nem parece levar lá muita fé no modus operandi da ex-amiga, o que, sejamos francos, nem é algo pelo qual possamos condenar a detetive beberrona. Se uma coisa ficou muito clara na segunda temporada de Jessica Jones foi que as boas intenções de Trish são inversamente proporcionais ao seu bom-senso.
Pra jogar ainda mais lenha na fogueira, após conhecer um sujeito em um bar (Benjamin Walker, de Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros), Jessica é atacada em seu escritório e esfaqueada.
The Perfect Burger é um episódio de reintrodução decente.
Nós reencontramos esses personagens, descobrimos o que eles têm feito desde a última vez que os vimos, que eles cresceram a mudaram ao longo do hiato entre as temporadas e que parecem prontos para continuar mudando conforme forem encarando o que o futuro reserva ao mesmo tempo em que o terreno é preparado para o que vem pela frente nos próximos doze episódios (a propósito, por que treze episódios? Tanto Punho de Ferro quanto Demolidor foram tão bem com dez capítulos em suas temporadas finais?).
Jessica Jones teve uma primeira temporada muito chata, salva por Trish e especialmente Kilgrave, a segunda temporada foi superior sob diversos aspectos, mas ainda longe de ser perfeita, veremos se o terceiro ano será aquele proverbial canto do cisne.

"-Talvez seja melhor se você ficar de fora.
-Porque você é uma heroína, agora?
-Sim."

Nenhum comentário:

Postar um comentário