Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Resenha cinema: 2012


Lá estava eu, sentado em minha poltrona esperando pelo fim do mundo, ou, ao menos, algo semelhante.

Roland Emmerich não me decepcionaria, certo? Certo. Se há algo que Roland Emmerich saiba fazer é destruir tudo, ele já provou isso em Independence Day e O Dia Depois de Amanhã, logo, quando ele se travestiu com as profecias Maias e resolveu mandar tudo lá pra casa do Capita, eu sabia o que viria pela frente, um espetáculo técnico de proporções bíblicas e uma trama água com açúcar servindo de acessório.

Lá estão todos os elementos, o cientista abnegado, seu chefe meio mau-caráter, o presidente gente boníssima, o pai de família tentando se reconectar aos filhos em meio á tragédia global, o cachorro que ás vezes fica pra trás, o maluco que já sabia... Tudo tão clichê que poderia até dar sono. Poderia até a primeira rachadura separar o chão em Los Angeles, daí em diante é uma sucessão de fugas, perseguições, destruição massiva, explosões, maremotos, terremotos, barulho por todos os lados, tudo com o selo Emmerich de excelência técnica, garantia de qualidade, senão do enredo, do que realmente interessa nesse tipo de película: Os efeitos especiais.

O filme não é ruim, começa com a descoberta de que as erupções solares estão criando neutrinos, partículas atômicas até então inofensivas, mas que por alguma razão, passam á gerar alterações físicas no centro da terra. O personagem de Chiwetel Ejiofor, geologista, conta tudo pro Presidente dos EUA, Danny Glover, e eles se preparam para o fim catastrófico que deve levar anos. Até a cúpula de especialistas descobrir que estavam errados e que tudo aconteceria logo ali, em 2012, exatamente como os Maias previram (Qualquer semelhança com O Dia Depois de Amanhã não deve ser mera coincidência.).

Como vem sendo hábito do diretor alemão o filme traz uma pontinha de sarcasmo e crítica aos norte-americanos, e distrai com louvor, em alguns momentos até nos pegamos na ponta da cadeira, torcendo pelo personagem de John Cusack, ou querendo esmurrar o personagem de Oliver Platt, mas, como sempre foi hábito de Emmerich, é descartável, a gente esquece dele no dia seguinte.

Vá, mande o senso crítico lá pra casa do Capita por duas horas e divirta-se, pior que os vampirinhos purpurinados de Prepúcio não deve ser.


"Eu estava errado."

Nenhum comentário:

Postar um comentário