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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Tic-Tac (Não as balinhas.)


Olhando pra trás, pensando... Erros, acertos, um pouco de cada, tomara que tenham sido mais acertos, embora, no fundo ele saiba que os erros são tão mais significativos... Não por que pesem mais, nada disso, gostava de seus acertos e tinha convicção de que acertara mais do que errara, especialmente em coisas importantes, o problema é que os erros o deixavam com a alternativa do acerto. Aquele sentimento chato do "Se eu tivesse feito certo...", e o raio do relógio não volta com seu tic-tac inexorável rumo ao amanhã.
Aquele beijo, por exemplo. Foi um acerto. Nada tão bom é um erro, acredite-me, não se arrependia de nada do que fizera pra poder dar aquele beijo. O problema é que ele acarretou erros. De parte dele, essencialmente. Aliás, pensou ele: "essa é a área onde eu mais erro (Não beijos, a parte sentimental.). Eu devo ser algum tipo de retardado emocional.", triste mas verdadeiro.
Palavras mal escolhidas, ações mal pensadas, encontros, desencontros e dois anos depois lá estava ele, cumprimentando uma pessoa com cadeira cativa em suas afeições como se fosse uma conhecida no shopping e querendo, ainda que por breves instantes, morrer um pouco.
O tempo passa o tempo voa, e a poupança Bamerindus nem existe mais, se encontram de novo. Ela, linda como sempre, ele, uma bagunça ainda pior do que antes, doido pra mandar tudo lá pra casa do Capita e dizer as palavras mágicas. Mas não poderia. Tinha responsabilidades que, pelo menos por enquanto, ainda o prendiam á uma vida que não escolhera (E que fique claro, não são decorrentes de erros seus, mas de outrem.), e que não podia relegar á ninguém mais. Ela tem sua vida em outras paragens, está feliz com seu trabalho, seus gatos e suas coisas...
Ninguém disse que era fácil, certo?
Certo.
E o relógio segue, tic-tac, tic-tac, ele não é nenhum Capitão Gancho, o tic-tac não o apavora, ele nem gostaria de ter mais tempo, acha até que temos tempo demais. Só queria aproveitar melhor o seu, queria olhar pro amanhã sem jamais se sentir assombrado pelo ontem, até por que ontem, entre outras coisas ótimas, está aquele beijo, e tudo o que houve relacionado á ele. Longas conversas, toques rápidos, olhares cúmplices, momentos de vergonha ímpar (Quase sempre dele, claro.), e doçura idem. Não, o ontem não o assombra, tampouco o amanhã, o problema é o hoje, é o agora, enquanto cutuca o teclado com dedos de catar milho e pensa, e pensa e pensa. O ontem foi excelente, e o amanhã só pode melhorar.
Tic-tac, tic-tac... Seja feliz.

"Let me sing you a waltz..."

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