Pesquisar este blog

sábado, 3 de julho de 2010

Resenha DVD: Legião


Foi lá pelo final do ano passado que vi o trailer de Legião e pensei:
Caraca, que bacana, esse filme vai ser maneiraço!
O filme, cuja produção eu vinha acompanhando a algum tempo, criava a sua história em cima de uma obscura profecia que dizia que Deus perdera a sua fé nos homens e enviaria suas tropas celestiais à Terra para dizimar essa humanidade tão estragada (E quem pode culpar o Homem, né?).
O mote era bacana, e o elenco maneiro, encabeçado por Paul Bettany, de quem sou fã desde que o vi roubar acena do falecido Heath Ledger em Coração de Cavaleiro, e que ainda tinha Dennis Quaid, Lucas Black e Tyrese Gibson.
Enfim, fiquei esperando pelo filme, descobri, em fevereiro desses ano, que ele seria lançado no Brasil direto em DVD, o que aconteceu, se não me engano, entre maio e junho, e, desde então, tento, sem sucesso, colocar as minhas garras nele, mas é difícil de encontrá-lo na locadora, outro bom sinal.
Ontem, finalmente me deparei com Legião, e consegui levá-lo pra casa. Resultado?
Bueno, pode-se dizer que a minha expectativa sobre o filme (Primeira aventura do supervisor de efeitos especiais Scott Stewart na direção.) tenha sido demasiada, mas, acho que não.
Senão vejamos. O filme narra a história de como Michael, o nosso conhecido São Miguel Arcanjo (Preguiça de traduzir o nome do arcanjo mais fodão da mitologia Cristã, hein ô?), desobedece ao Todo-Poderoso quando Este o envia à Terra para matar um bebê que pode garantir a sobrevivência da humanidade, tipo uma segunda vinda de Cristo.
O problema é que, ao desobedecer Deus, Miguel coloca á si e á criança que deseja proteger, na mira de uma legião de possuído (Por anjos, não por demônios.) e de Gabriel (Já notaram que Gabriel é sempre o Anjo malvado nesse tipo de filme? Em Constantine era a mesma coisa...).
Destituído de suas asas, Miguel se arma com metrancas, pistolas, bazucas e facas para proteger o bebê, ainda no ventre de sua mãe, Charlie, uma garçonete que trabalha em um restaurante na beira do deserto, onde eles são acossados pela ira do Senhor.
A premissa é excelente, podia ser um tremendo filme, com o elenco que tem, e o mote que tem, se houvessem um bom roteirista pra lapidá-lo e um diretor com mão firme pra realizar, tinha tudo pra ser um filmão. Infelizmente, o diretor faz uso de pirotecnia e tiroteios em excesso, e apóia o seu filme em frases de efeito (Algumas recicladas como "Eu nem acredito em Deus." "Tudo bem, Bob, ele também não acredita em você.", semelhanças com a frase de Constantine àcerca do Diabo?) e sequências de ação, ás vezes nem tão boas.
No final das contas temos um elenco promissor, e uma história promissora em um filme que de médio não passa, e que ainda tenta, no final, deixar brechas pra uma continuação que, se Deus quiser, não verá a luz do dia.
Espere ele passar na TV á cabo, ou assista Constantine ou Dogma de novo. Vale mais á pena.

"-Você quer ser o filho que dá ao Pai o que ele pede ou o que Ele precisa?""

Um comentário:

  1. Assisti esse filme neste final de semana. É um repeteco das melhores histórias bíblicas repagiandas aos despropérios atuais.
    A questão aqui é que só o Miguel mesmo pra desafiar Deus, uma vez que biblicamente o "anjo" Miguel é o próprio filho - por isso sua volta depois de morto, ter cortado as asas para ser mais "humano"... ter esperanças em uma "nova Maria".
    Ainda assim, de certa forma gostei, dei boas risadas!!!
    Uma mistura de Isaías, Jeremias, Evangelhos e Apocalípse e a grande história que os anjos não compreendem os sentimentos de Deus por nossa raça.
    Ainda me ´pergunto onde Bob encontrará os profetas!!!

    ResponderExcluir