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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Resenha Game: Star Wars - The Force Unleashed II


E eu me lembro... Me lembro como se fosse ontem, da sensação de Jogar Star Wars - The Force Unleashed, até por quê eu tenho boa memória e joguei anteontem. Era uma ótima sensação. Finalmente poder usar os poderes da Força, brandir um sabre de luz, enfrentar stormtroopers e AT-STs, e finalmente ver um personagem da série Star Wars fazer o caminho inverso ao de Anakin Skywalker... Era a trama central do game de 2008, um aprendiz secreto de Darth Vader era enviado em missões de caça aos últimos Jedi que ainda viviam após o expurgo da Ordem 66, mas, em determinado ponto do Game, o aprendiz secreto em questão, de codinome Starkiller, acabava se vendo obrigado a mudar de lado, e, sob o treinamento de um jedi, o mestre Rahm Kota, via seu poder aumentar enquanto abandonava o lado negro da força.
Era sensacional, apoteótico, o personagem era extremamente poderoso, o jogo, na maior parte do tempo se resumia a esmagar os botões e exterminar as hordas imperiais, mas a história... A história era tão bem elaborada, com tanto carinho pelo cânone de Star Wars, e preenchia com tanta elegância uma lacuna da história que todos conhecem, que era impossível para os fãs da saga não gostarem do jogo. Eu nem sei quantas vezes terminei o modo history, não sei quantos upgrades fiz nos poderes jedi, não sei com quantos sabres de luz de cores diferentes eliminei meus inimigos, ou quanto vasculhei cada cenário em busca dos holocrons escondidos em cada um.
Em suma, pra mim, Star Wars, The Force Unleashed, tinha apenas um defeito: Ser muito curto. Eram apenas dez fases, que passavam voando, e mais três ou quatro fases extras que podiam ser adquiridas na PSN, ainda assim, muito pouco para quem, como eu, se divertia a valer percorrendo o caminho de Starkiller em busca de redenção.
Não preciso dizer, então, que, desde que anunciaram a sequência do game no ano passado, eu estava praticamente babando para colocar as minhas mãos em um sabre de luz novamente, e passar o terror em Palpatine, Vader e companhia limitada. Acompanhei os anúncios do game, assisti aos vídeos disponibilizados na internet, e mal podia me conter conforme se aproximava o dia 26 de outubro.
Foi faceiro como guri de kichute novo que eu fui, na quarta-feira, buscar o meu exemplar exemplar de The Force Unleashed II em uma loja no shopping perto da minha casa, e, após terminar o game em tempo recorde, preciso dizer:
Que decepção.
Tudo o que o game anterior tinha de positivo foi por água abaixo nessa sequência caça-níqueis que tem muito barulho, cor e movimento mas que não tem história, e sim uma desculpa.
Estamos novamente cara a cara com Vader e Starkiller no molhado planeta Kamino, lar dos melhores clonadores da galáxia. Vader conta ao herói que ele é um clone. Um projeto mal acabado, desenvolvido para acabar com os inimigos do Imperador e a Aliança Rebelde que surgiu na esteira das ações do Starkiller original.
Ele é apenas uma cópia, e assombrado por visões de um passado que não é seu (Ou é?) não tem utilidade alguma. Mas o clone (Ou será o verdadeiro Starkiller?) consegue escapar, rumo a Kato Neimodia onde... Bom, onde o jogo vai se tornando mais e mais sem sentido. Nenhuma resposta é dada, jamais sabemos se aquele Starkiller é o original ou uma cópia, ao invés de lutar por redenção como no primeiro game, Starkiller (Ou sua cópia, não sei...) é um love junkie, que só quer saber de encontrar Juno Eclipse, interesse romântico do personagem no primeiro game. Tirando algumas boas interações do personagem principal com o mestre Kota, muito pouco se aproveita do enredo, que começa e termina no mesmíssimo lugar, e ainda dá umas bordoadas na cronologia canônica de Star Wars. Em termos de jogabilidade, segue sendo um esmaga-botões dos infernos, a diferença é que, agora, não existe desafio. No game anterior, Starkiller ia evoluindo durante o jogo, era importante pegar todos os holocrons e realizar as missões bônus de modo a chegar à última fase com poder o bastante para enfrentar Vader e Palpatine ser levar uma coça das brabas, nesse jogo isso não existe, desde a primeira fase o personagem tem poder o bastante pra catar um Tie Fighter no ar e esmigalhá-lo como se fosse feito de papel, então, é basicamente destruir tudo.
De positivo há os gráficos, que já eram ótimos no game de dois anos atrás mas agora estão sublimes, chega a ser irritante (no bom sentido.) a quantidade de cores, texturas e efeitos na tela. A possibilidade de lutar empunhando dois sabres deixou as sequências de combate mais coloridas e bonitas, mas eu senti uma falta danada dos combos "Light Saber Flurry" que era um combo acrobático plasticamente lindo, e fácil de executar, além, claro, de toda a parte técnica, como o som, a resposta dos comandos e a boa equipe de dublagem encabeçada por Sam Whitwer.
Ah, esse jogo também é curto, tem apenas quatro cenários em cinco fases, uma das quais a gente não luta nem um único e miserável combate, mas, nesse caso, nós nem sequer ficamos tão ressentidos, exceto pela grana torrada em um game que se mata em oito horas...

2 comentários:

  1. hehe que pena não ser tudo o que você esperava, eu via pelo orkut mesmo o quanto você estava ancioso e contando os dias e tal. Mas é, essa não foi a primeira nem a última vez que você gastou muito dinheiro em algo que não alcançou todas suas expectativas. Normal.Comigo também é assim. Quando se compra maquiagem importada pela internet é a mesma coisa rs

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  2. Ah, tudo bem, eu nem chego a me queixar tanto, só fiquei meio desapontado mas já passou... Enfim, é como tu disse, não é a primeira nem vai ser a última vez que eu torro dinheiro em alguma bobagem,

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