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terça-feira, 19 de julho de 2011

Rapidinhas do Capita


Semana pra ter orgasmos nerd na web:
Teaser de Dark Knight Rises, de Os Vingadores, e de O Espetacular Homem-Aranha, trailers de John Carter of Mars, Cowboys & Aliens e Sherlock Holmes, fotos de Thorin Escudo-de-Carvalho na rede, críticas positivas ao filme do Capitão-América e Harry Potter quebrando recordes de bilheteria. Se o mundo acabar, mesmo, em 2012, eu ao menos vou ter visto os filmes que queria ter visto.

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-As pessoas me dão crédito demais, Firmino. Demais. - Disse Franco, quase suspirando.
-Estourou o cartão de crédito? - Perguntou Firmino, desligado.
-Não, burro. Eu disse que as pessoas me dão crédito demais. - Explicou Franco.
-Ah. - Assentiu Firmino. Mas virou-se quase instantaneamente perguntando: -Como assim?
-Ah, meu Deus... As pessoas pensam que eu sou capaz de mais coisas do que eu de fato sou, Firmino. Elas me têm em conta demasiado alta. Sempre acham, pro bem ou mal, que eu sou capaz de mais do que eu de fato sou. Geralmente, pro mal. Elas me tomam por um canalha manipulador desprovido de moral, decência ou bons sentimentos capaz de trapacear, mentir e realizar toda a sorte de atrocidades suburbanas.- Explanou Franco, professoral. -Elas esquecem que, á despeito de eu ser um sujeito reservado, distante e quiçá, até um pouco frio, mesmo, eu suponho, eu ainda sou capaz de me magoar.
-Hmmm... Eu não te tenho em alta conta, Franco. Te acho um tremendo trouxa. - Disse, o Firmino, cândido, colocando a mão no ombro de Franco, que hesitou brevemente, e, deu de ombros, pousando, também sua mão no ombro do amigo e dizendo:
-Obrigado, meu velho.

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Não é tu. É o que tu divide com o mundo. O que tu tem, de sobra, e que quase escorre pelos teus poros, é isso que tu pode dividir. A gente não divide as coisas que não tem em quantidade suficiente. Como diz minha mãe, em uma analogia extremamente católica mas que estranhamente faz sentido, não se tira dos pés de um santo pra colocar nos de outro. É por isso que nós só dividimos o que temos em excesso. Aquilo de que podemos dispôr. De outro modo, a partilha é inócua. Quando dividimos apenas aquilo que temos de sobra não estamos sendo egoístas, estamos apenas sendo justos. Oferecendo o que temos em quantidade suficiente pra satisfazer outrem, sem prejudicar nem a nos mesmos, nem a eles.
Como tu. Tu que tem tanta alegria, tanta doçura, tanta vida que transborda de ti. Que inunda os lugares que têm a sorte de te receber, que encabula o mundo com teu sorriso tão grande e tão bonito. Tu tem coisas boas de sobra pra partilhar. Tanto tem que, a despeito de ter lá suas restrições com gente, escolheu ajudá-las. Pois é doçura demais. É carinho demais. É tudo de bom demais pra guardar pra si, então, tu divide.
Eu não. Eu sou um bicho do mato. Não tenho lá coisas muito boas pra dividir com ninguém em quantidade alguma. Sou o oposto de ti em vários sentidos e por várias razões. Não escolhi ser assim, apenas, foi o que saiu. É o produto resultante de vários fatores em sucessão. O que eu tenho de bom pra dividir eu meço a conta-gotas.
Mas quer saber? Não vou dividir com ninguém, exceto contigo. Aliás, nem dividir vou. Pega que é teu.
É meio amargo, mas é de coração.

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