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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Água


A água, além de inspiração pra uma música muito chata do Guilherme Arantes, é condição inequívoca para a existência da vida.
É sabido, já diriam os dothraki, que a água é o solvente universal, um dos quatro elementos essenciais da natureza, segundo os gregos, e que, apenas em sua forma líquida, recobre setenta e um por cento da superfície da Terra, sendo a molécula mais abundante do planeta.
A água também é um elemento purificador em várias religiões como o hinduísmo, o cristianismo, o budismo e até mesmo a wicca.
E, veja só, a água é tão importante que nas mitologias religiosas politeístas, as entidades relacionadas à água gozam de maior prestígio e maior número de seguidores, veja, por exemplo, Yemanjá, e Netuno...
Para os seres humanos a água é tão importante quanto para o resto da natureza. Talvez mais. A água é o componente majoritário das células. Por ser o solvente universal, ela é responsável por praticamente todas as nossas reações químicas internas, além de transportar alimentos, oxigênio e sais minerais pelo corpo e estar presente em todas as nossas secreções e até mesmo em nossos ossos, compostos por 20% de água. Nós podemos passar semanas sem comer, mas apenas dois dias sem ingestão de água já começa a causar transtornos e passar cinco dias a seco pode ser fatal.
O corpo de um ser humano é constituído de 65 a 75% de água. Essa porcentagem varia de acordo com a idade, sexo, massa muscular e tecido adiposo, mas convenciona-se dizer que 70% de uma pessoa é água. A maior parte.
Partindo-se desse princípio, quando tu sente saudades de uma pessoa de, digamos, uns cinquenta quilos, tu está morrendo de saudade, a grosso modo, de 35 litros d'água.
Talvez esse pensamento simplista sirva pra não se condoer tanto de si mesmo.
Ou talvez não.
Talvez esse pensamento besta, surgido da necessidade de justificar o injustificável prove-se tão inútil e vazio quanto a sala de troféus do grêmio, e a única coisa que sobre seja assumir a responsabilidade e engolir a dor. E decidir o que fazer com a frustração de planos elaborados, promessas não cumpridas, juras de amor verdadeiras mas insuficientes e quatro novos pares de cuecas brancas adquiridos no dia seguinte à noite do último amasso.
Enquanto isso, liga pra fornecedora de água mineral e pede dois galões de vinte litros pra ver se isso amaina a saudade que corrói a alma.

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