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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Resenha Blu-Ray: Alvo Duplo


Após uma frustrante sessão de cinema em que aturei Ashton Kutcher tentando desesperadamente atuar, cheguei em casa e resolvi tentar uma nova experiência cinematográfica, quem sabe algo menos pretensioso.
Depois de um breve escrutínio na grade do serviço de locação da TV a cabo, resolvi apostar cinco mangos em Alvo Duplo.
Filme estrelado por um mestre na arte de não atuar, Sylvester Stallone.
Alvo Duplo mostra o assassino de aluguel Jimmy Bobo (um Stallone na sua zona de conforto e parecendo menos "embotoxado" do que em seus recentes trabalhos anteriores), criminoso de carreira, no mundo do crime desde a adolescência, que após 26 prisões, quatro julgamentos e duas condenações vive na moita, fazendo seu trabalho da maneira mais rápida e limpa possível.
Seu trabalho consiste em ser contratado por gente ruim para matar gente ainda pior. Sua única regra é:
Nada de mulheres. Nem crianças.
Trabalhando em Nova Orleans com um parceiro, Louis Blanchard (Jon Seda), Jimmy acaba de realizar mais um serviço rotineiro, apagando um chantagista, mas, na hora de coletar o pagamento, eles são emboscados em um bar, onde Louis é assassinado, e Jimmy é atacado pelo mercenário Keegan (Um esforçado Jason Momoa, o Khal Drogo) escapando da morte por um triz.
Ao mesmo tempo, o detetive Taylor Kwon (Sung Kang, da série Velozes e Furiosos) chega à cidade em busca de pistas sobre a morte de seu ex-parceiro, Hank Greely (Holt McCallany), justamente o alvo do último trabalho de Jimmy e Louis.
Fazendo a conexão entre a morte de Greely e a de Louis ao acaso, Kwon acaba chegando a Bobo, e após alguma tensão, os dois percebem que estão atrás das mesmas pessoas, e resolvem unir forças em busca de seu inimigo em comum.
A premissa rasa diz tudo. Alvo Duplo é quase um filme de ação oitentista com toda a violência e simplicidade que um filme dos anos oitenta pedia (Até uns peitos e bundas são mostrados porque todo mundo sabe que, em filme de ação oitentista, sempre tinha que aparecer um par de tetas, pelo menos).
Seguindo o modelo de investigação clássica do cinema, onde cada parada leva à seguinte, e em cada uma há um tiroteio que faz justiça ao título original do filme, Bullet to the Head (que poderia ser livremente traduzido como "balaço na cabeça", e balaços na cabeça não faltam ao filme).
A direção de Walter Hill egresso do cinema de ação 70/oitentista com fitas como Warriors - Selvagens da Noite, 48 Horas, partes um e 2, e Inferno Vermelho não fede nem cheira, e do elenco, que ainda tem Christian Slater, Adewale Akinnuoye-Agbaje e a gatinha Sarah Shahi, se salva, mesmo é Jason Momoa, interpretando até mais do que o roteiro com estrutura de video game (tem até um smartphone ao qual os protagonistas apelam para receber a próxima "missão") exigiria.
Em suma, uma hora e meia de diversão razoável, com alguns peitinhos de fora, piadinhas infames, tiros, facadas, machadadas, pancadarias e explosões conforme pede a cartilha do cinema macho.
Vale os cinco pilas da locação.

"-Nós vamos lutar ou você planeja me entediar até a morte?"

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