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sábado, 24 de maio de 2014

Resenha Cinema: X-Men - Dias de um Futuro Esquecido


Bryan Singer e mutantes... Não tem como dar errado.
Essa foi a reação dos fãs de X-Men desde a primeira veiculação da notícia de que Singer assumiria a sequência de Primeira Classe, o melhor filme mutante desde 2003, quando Singer realizara X-2. Singer merecia o voto de confiança não importava o quê. Os melhores filmes com um X no título e um mutante no elenco sempre tiveram envolvimento dele em algum nível, fosse como diretor (X-Men - O Filme, X-2) fosse como produtor(Primeira Classe), de modo que essa confiança permaneceu sendo decantada como um mantra a medida em que surgiam novas informações a respeito do filme.
Adaptação da história Dias de Um Futuro Esquecido, uma intrincada trama envolvendo um futuro apocalíptico para a raça mutante, viagens no tempo e missões de assassinato... Em Bryan "we trust"...
União do elenco clássico e do elenco Primeira Classe... Em Bryan "we trust"...
O retorno de Hugh Jackman após os fiasquentos filmes solo do Wolverine em Bryan "we trust"...
Singer mereceu o voto de confiança, mesmo tendo trocado X-Men por Superman em 2006, o que resultou em, não um, mas dois filmes que não agradaram (X-Men 3 foi lixo puro, Superman - O Retorno jamais decolou sendo incapaz de convencer como reboot, sequência ou sequer como filme, á despeito da qualidade dos envolvidos), tanto por seu talento como cineasta quanto por sua profunda compreensão do universo X.
O diretor sempre demonstrou entender que, para funcionar, X-Men precisa de uma dose de humanidade tão alta quanto a de espetáculo, e que uma coisa não funciona sem a outra quando se trata de X-Men.
É por isso que todos estavam tão ansiosos para ver o filme, e tão confiantes no resultado.
Bryan Singer e mutantes... Não tem como dar errado.
Ontem, um dia depois da estréia oficial, na quinta 22, fui conferir X-Men após uma maratona de X-Filmes durante a semana.
Dias de um Futuro Esquecido abre em 2023 (A série de Singer sempre se passou em um "futuro não muito distante"), um tempo de guerra.
Os mutantes da Terra são caçados, aprisionados ou exterminados por máquinas de matar chamadas Sentinelas.
A imensa maioria dos mutantes do mundo sucumbiu ante a opressão, mas não todos. Escondendo-se nas sombras, lutando por sua sobrevivência, os X-Men permanecem unidos sob o sonho de Xavier.
Blink (Bingbing Fan), Apache (Booboo Stewart), Mancha Solar (Adan Canto), Colossus (Daniel Cudmore), Homem de Gelo (Shaw Ashmore), Bishop (Omar Sy) e Lince Negra (Ellen Page) desenvolveram uma forma de salvaguardar a raça mutante.
Toda a vez que há um ataque, os X-Men lutam, e, quando a derrota é iminente, Kitty envia a consciência de Bishop de volta no tempo para escapar.
É por causa desse curso de ação que Tempestade (Halle Berry), Wolverine (Hugh Jackman), Xavier (Patrick Stewart) e Magneto (Ian McKellen) vão ao encontro de Kitty e dos demais na China.
Eles planejam usar a tática para enviar a mente de Charles Xavier de volta a seu corpo em 1973. O ano em que o assassinato de Bolivar Trask (Peter Dinklage) por Mística (Jennifer Lawrence) iniciou uma cadeia de eventos que transformou os robôs sentinelas nas máquinas de matar indestrutíveis do futuro, liberou o ódio aos mutantes em sua totalidade e, em suma, criou o futuro negro vindouro.
Entretanto, mesmo um cérebro poderoso como o de Xavier é incapaz de suportar uma viagem de cinco décadas ao passado sem sofrer avarias.
Mas e quanto a um cérebro capaz de se regenerar ao mesmo tempo em que se desfaz?
Logan é, então, a melhor alternativa para fazer a viagem, mas o que fazer para unir os jovens Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) quando eles não podiam estar mais separados?
Com Magneto preso cem andares abaixo do Pentágono e Xavier viciado no coquetel de drogas desenvolvido por Fera (Nicholas Hoult) para controlar sua mutação, que lhe garante poder caminhar e suprime sua telepatia, o futuro da raça mutante não parece lá muito promissor.
Enquanto Wolverine lida com esse quebra-cabeças no passado, no futuro é só questão de tempo até que os sentinelas localizem os X-Men remanescentes e os destruam, tornando toda a missão uma corrida contra o tempo e contra a morte.
Genial.
X-Men - Dias de um Futuro Esquecido tem todos os melhores elementos da franquia X-Men no cinema e escapa de todas as arapucas.
A ideia da viagem no tempo ajuda a consertar algumas das incongruências mais berrantes da confusa linha de tempo da franquia, conserta ou ignora coisas de quê ninguém gostava (os filmes de Wolverine e X-Men 3) e entrega um dos melhores filmes-pipoca da temporada.
Com direção pra lá de segura, um ótimo trabalho do grande (em todos os sentidos) elenco, com destaques para McAvoy, Stewart, McKellen e Lawrence (eita, mulher... Tudo de bom, talentosa, raivosa e gostosérrima...), o roteiro de Simon Kindberg, Jane Goldman e Matthew Vaughn encaixa redondinho, dá espaço ao sol pra todos os mutantes do filme (destaque especial para Blink e para o Mercúrio Evan Peters, dono da sequência mais hilária do filme), e entrega o ótimo filme de X-Men de que todo mundo, especialmente Hugh Jackman após Wolverine Imortal, precisava.
Assista no cinema, vale demais a pena, dispense o 3-D.
Que venha X-Men - Apocalipse.
Bryan Singer e mutantes... Não tem como dar errado.

"-Todos esses anos desperdiçados lutando uns contra os outros, Charles..."

2 comentários:

  1. Excelente filme... "podemos tropeçar pelo caminho, mas não significa perdê-lo"
    Achei bem interessante e claro, viajei com as frases de impacto como, não perder a esperança, sentir a dor dos outros mas isso não gerar medo... o Xavier é um cara que eu queria conversar!!! kkk

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    1. E não queríamos todos? Professores são ótimos.
      Wolverine, por exemplo, é professor de História.

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