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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Resenha Filme: X-Men Origens: Wolverine

Retrospectiva X-Men:
Última parada na retrospectiva dos X-Men nos cinemas, o filme solo do Wolverine que todo mundo queria ver e que saiu completamente errado.
Tu pode ler as resenhas de X-Men primeira classe aqui:
http://casadocapita.blogspot.com/2011/06/resenha-cinema-x-men-primeira-classe.html
E de Wolverine Imortal, aqui:
http://casadocapita.blogspot.com/2013/07/resenha-cinema-wolverine-imortal.html

X-Men Origens: Wolverine (Gavin Hood, 2009)


Após o resultado algo decepcionante de X-Men 3, que apesar de fazer mais de 450 milhões de dólares em bilheterias (a um custo de mais de 200 milhões de orçamento) foi vilipendiado pela crítica e achincalhado pela maioria dos fãs, a FOX não iria largar o osso tão fácil.
Se parecia óbvio que o super grupo precisava de um descanso após o cataclismo que fora X-Men 3, também era bastante claro que a franquia era uma mina de ouro. Super-heróis rendiam e rendiam muito.
Os três filmes do Homem Aranha fizeram dois bilhões de dólares só em bilheterias, a Marvel começava seu universo cinemático com um Homem de Ferro que arrancava elogios de todo mundo, o Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan empilhava fortunas e críticas positivas, a FOX havia sentado na graxa com o Quarteto Fantástico e com o Demolidor, então, o que eles tinham para capitalizar, eram os mutantes da Marvel.
Foi quando alguém teve a ideia dos filmes da série X-Men Origens, que seriam filmes solo, estrelados por personagens ligados ao universo mutante sem, necessariamente, envolver o grupo de discípulos de Charles Xavier.
Os primeiros nomes que ganhariam tal tratamento, seriam Magneto (?) e(óbvio) Wolverine.
Se causava algum estranhamento ver um filme solo do maior vilão/aliado/antagonista filosófico dos X-Men, o filme do carcaju canadense era uma boa sacada.
Poucos personagens tem um passado tão misterioso (e extenso) quanto o Wolverine dos quadrinhos. Suas peripécias se estendem por cem anos de aventuras. Suas histórias solo têm encontros com o Capitão-América durante a Segunda Guerra, períodos como espião ao lado de Dentes de Sabre, períodos operando disfarçado na ilha fictícia de Madripoor, o velho oeste... Não faltariam opções de histórias a serem contadas com Logan.
Obviamente que os fãs queriam, mesmo, ver uma adaptação de Arma-X, até hoje um dos maiores clássicos estrelados por Wolverine e talvez a pista mais sólida de seu passado, ao menos até o lançamento de Origem.
A vontade de todo mundo de ver o processo brutal que deu ao herói seu indefectível esqueleto de adamantium só aumentou após Bryan Singer dar vislumbres do episódio em X-Men 2.
Escalado para dirigir Jackman no filme, Gavin Hood, dos bons O Suspeito e Infância Roubada era uma boa ideia. Liev Schreiber foi escalado inicialmente para viver um jovem William Stryker (personagem de Brian Cox em X-Men 2), mas logo foi revelado que ele viveria o vilão Victor Creed, o Dentes de Sabre.
Danny Houston seria Stryker.
A eles juntaram-se a belezura Lynn Collins como Kayle Silverfox, Will.I.Am do Black Eyed Peas, no papel de John Wraith, Kevin Durand como o Blob, Dominic Monaghan como Bolt, e Ryan Reynolds como Deadpool.
Além desses Daniel Henney seria o Agente Zero, Taylor Kitsch como Gambit, e Tim Pocock como Scott Summers.
Essa imensa profusão de mutantes logo deixou a impressão de que havia alguma coisa de errado com X-Men Origens: Wolverine. Essa impressão de confirmaria assim que qualquer pessoa assistisse ao filme.
O longa acompanhava Wolverine desde sua infância, quando era um menino canadense adoentado chamado James Howlett.
Após a família Howlett ser dizimada por uma tragédia, James foge com seu meio-irmão Victor, e ambos crescem em fuga.
Partilhando estranhos poderes de cura, sentidos aguçados como os de um animal, e garras ósseas eles encontram seu caminho na guerra.
Lutam na Guerra civil norte-americana. Na primeira Guerra Mundial, na Segunda Guerra Mundial, no Vietnã... Sempre nas linhas de frente, sendo mortalmente feridos e se recuperando de maneira milagrosa para lutar novamente.
Eles acabam sendo notados por William Stryker, que os convida a se unirem a um grupo especial de mutantes do exército dos EUA.
Eles aceitam e participam de diversas missões até que a selvageria de Victor e a natureza sombria das missões o levam a se afastar.
James, agora conhecido como Logan conhece Kayla, e vive uma vida simples ao lado dela por algum tempo, até que Victor e Stryker voltam a cruzar seu caminho, um encontro que o coloca em uma trilha sangrenta de vingança.
Mais uma vez o que poderia ser um bom filme acabou se diluindo em uma trama bobinha para pegar censura livre. O desenvolvimento dos personagens foi deixado em segundo plano em nome do desfile de super-heróis e da pirotecnia num filme tão medonho que foi solenemente ignorado na hora de fazer a sequência, Wolverine Imortal, outra tremenda porqueira.
Após X-Men 3 e X-Men Origens: Wolverine, só voltaríamos a ver uma participação de Jackman na pele do carcaju canadense em um bom filme numa ponta em X-Men - Primeira Classe.
Vamos torcer para que não tenha sido a última. Hoje eu confiro X-Men - Dias de um Futuro Esquecido, e amanhã conto por aqui como foi.

"-Seu país precisa de você.
-Eu sou canadense."

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