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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Resenha Série: Jessica Jones: 99 Amigos


Eu vinha gostando de Jessica Jones até o terceiro episódio. A série estava mantendo um nível interessante e era divertida. Mas foi a partir desse quarto capítulo que ela decolou, pra mim.
Em 99 Amigos vemos o resultado da descoberta de Jessica de quê ela vem sendo constantemente espionada por Kilgrave. A investigadora surta, como qualquer pessoa normal no lugar dela.
O desespero dela é perfeitamente justificado conforme o episódio nos relembra de como funcionam os poderes de Kilgrave na forma da garotinha dando um recado para a protagonista em nome do vilão.
Jessica, porém, não está sozinha. Assim como ela, Trish e o policial Simpson (Wil Traval) também precisam lidar com os traumas do capítulo anterior, quando o policial foi forçado por Kilgrave a tentar matar a apresentadora.
A tentativa de Simpson, nas suas próprias palavras, um protetor nato, de fazer emendas à sua tentativa de homicídio contra Jessica, bem como a compreensível relutância da loiraça em aceitar as desculpas do tira, rendem um belo momento.
Trish, aliás, recebe um pouco mais de atenção nesse episódio, dando mais pistas de como funciona o passado de "Patsy" Walker no universo da série, ao falar mais a respeito da relação dela com a mãe, e do programa teen que ela estrelava (numa clara alusão ao gibi pulicado pela mãe da personagem nos quadrinhos, estilo Amy Exemplar), e a cena em que ela precisa se desculpar no ar com Kilgrave é particularmente bem atuada pela deliciosa Rachel Taylor.
E o escopo dos poderes de Kilgrave é aumentado conforme Jeri Hogarth junta uma grande quantidade de vítimas em potencial. Enquanto algumas claramente estão inventando suas histórias de domínio da mente (com resultados engraçadinhos), outras têm histórias arrepiantes sobre o seu período sob o jugo do psicopata.
Não tivesse o suficiente em seu prato, a paranoica Jessica ainda recebe a visita de uma cliente que deseja que ela flagre seu marido traidor.
Seria um caso de rotina para a investigadora se ela não estivesse em modo de Kilgrave em toda a parte, e ficasse extremamente desconfiada da senhora Eastman (Jessica Hecht, de Breaking Bad, bitch), desconfiança que eventualmente se prove justificada, ainda que não exatamente como Jessica imaginava.
No final do episódio descobrimos quem é o espião de Kilgrave, e, se não chega a ser uma grande revelação, vá lá, ao menos é ago que parece realmente afetar Jessica (como se ela precisasse de combustível para se tornar mais desagradável).
Jessica Jones funcionou desde o primeiro episódio, mas apenas no quarto alcançou seu potencial total.
A melhor parte? Esse ritmo melhora...

"-Você está se tornando uma paranoica de marca maior.
-Todos me dizem isso. Deve ser uma conspiração."

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