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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Top-10 Casa do Capita: Filmes Baseados em Games

Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos está flopando bonito nas bilheterias mundo afora. É uma pena. O longa metragem de Duncan Jones não é ruim. Pelo contrário, é uma fantasia de capa, espada e magia cheia de qualidades que vão bem além do apuro técnico, e é uma pena que o filme esteja claudicando junta à crítica especializada e sendo visto com desconfiança pelo público em geral.
Vale lembrar, porém, que Transformers 4 fez mais de um bilhão de dólares em bilheterias, e que Blade Runner foi um grande fracasso de público à época de seu lançamento, de forma que, talvez a posteridade possa fazer justiça ao longa.
Agora, com Warcraft nas salas de cinema, e próximo do lançamento da adaptação cinematográfica de Assassin's Creed, me pareceu que esse seria um momento interessante para avaliar os longas já existentes de um gênero de filmes extremamente complicado, e fazer um indigesto top-10 Casa do Capita, tentando encontrar dez filmes que não sejam absolutamente intoleráveis.
Com isso em mente, apresento o Top-10 Casa do Capita dedicado aos melhores filmes baseados em videogames (não que isso seja lá um grande mérito.) antes de Warcraft, que, em outra situação, certamente encabeçaria essa lista.

10 - Hitman - Assassino 47 (Xavier Gens, 2007)


O longa metragem que seria estrelado por Vin Diesel (que acabou creditado como produtor) conta a história do agente 47 (Timothy Olyphant) um assassino geneticamente modificado à serviço da Organização.
Quando uma arapuca o coloca na mira de militares russos e da Interpol, 47 corre pela Europa lutando por sua vida, uma missão que se torna ainda mais complicada a partir do momento em que ele conhece a prostituta Nika (Olga Kurylenko), e passa a ter que enfrentar seus inimigos ao mesmo tempo em que se familiariza com sentimentos inéditos em sua vida semi-artificial.
É uma porcaria, ainda assim, Timothy Olyphant consegue ser um protagonista razoável, e emprestar um olhar vazio bastante familiar aos fãs do game. Com uma história toda apoiada em cima de clichês do gênero de ação, teria sido um bom filme nos anos 80, mas não chega a ser ofensivo, podendo até mesmo ser apreciado se o espectador conseguir colocar o cérebro em ponto-morto por uma hora e quarenta minutos de leis da física sendo suplantadas pelo impacto visual.

9 - D.O.A. - Dead or Alive (Corey Yuen, 2006)


Lutadores de artes marciais de todo o mundo são convidados para um torneio de artes marciais definitivo, o D.O.A. do título. Com desafios mortais que começam na chegada à ilha do torneio, onde os lutadores são jogados de pára-quedas, não tarda para que quatro participantes, inicialmente rivais, logo se vejam obrigadas a unir forças contra um inimigo comum!
Dead or Alive é tão ruim quanto Hitman, sua única vantagem é que, enquanto o longa do assassino careca tem apenas Olga Kurylenko servindo de colírio, D.O.A. têm várias beldades em cenas de luta absolutamente impossíveis, que, graças aos céus, não se levam a sério em momento algum.
O ponto alto do longa é a luta de Christie Allen (Holly Valance), enfrentando três policiais armados enquanto se veste.

8 - Lara Croft Tomb Raider: A Origem da Vida (Jan de Bont, 2003)


A intrépida aventureira Lara Croft (Angelina Jolie) volta à ativa para uma corrida contra um cruel cientista que pretende usar a legendária caixa de Pandora como arma. Para vencer essa batalha, ela precisa da ajuda do ex-fuzileiro Terry Sheridan (Gerard Butler) e de todas as suas habilidades para impedir que a origem da vida caia em mãos erradas.
Lixo puro, ainda assim, Angelina Jolie era uma escolha muito bem sacada no papel título, e sua química com Gerard Butler, mesmo sem ser um vulcão, dava uma apimentada maneira no longa que tinha uma cara danada de sessão da tarde.

7 - Lara Croft: Tomb Raider (Simon West, 2001)


Antes de encontrar a caixa de Pandora, Lara Croft foi vítima de uma sociedade secreta que roubou de sua casa um artefato que, usado durante um alinhamento planetário que ocorre apenas a cada 5 mil anos, daria a seu portador a habilidade de controlar o tempo.
Usando suas incríveis habilidades, conhecimento arqueológico afiado, e uma carta deixada por seu pai, cabe à Lady Croft bater os Illuminati de Manfred Powell (Iain Glenn, o presidente da friendzone Jorah Mormont de Game of Thrones) e, com a ajuda de seu colega aventureiro Alex West (Daniel Craig) impedir que os vilões obtenham controle sobre o passado e o futuro.
O primeiro filme de Lara Croft no cinema era "apenas" ruim, menos ruim do que seu sucessor, por exemplo. Tinha a seu favor a presença de Angelina Jolie, uma inspirada escolha para o papel da aventureira, e ao menos uma cena memorável (a luta de Lara contra o robô gigante era bastante bacana pros fãs do game), além disso, deu uma alavancada na carreira de Daniel Craig, que seria um ótimo James Bond antes de encher o saco do papel.

6 - Max Payne (John Moore, 2008)


Markie Mark, no alto de seus poderes dramáticos foi o protagonista do filme que adaptou beeeeeem livremente a boa série de games da Rockstar. No longa, Payne é um tira afastado do trabalho real após o assassinato de sua esposa e filha. Quando uma nova droga começa a encher as ruas com cadáveres, sendo um deles o da irmã da assassina profissional Mona Sax (Mila Kunis), e Max descobre que o narcótico pode estar sendo produzido pela mesma empresa onde sua esposa trabalhava, os dois unem forças para esclarecer o caso, e levar justiça às vítimas.
Como foi dito, Max Paye era muito livremente baseado no game homônimo, tem quinze minutos iniciais interessantes, e passa uma sensação de "quero ser Sin City quando crescer", depois descamba para um filme de investigação dos mais clichês entrecortado por sequências alucinógenas que servem só pra preencher a cota de efeitos visuais, ainda assim, era bem produzido, e não chegava a ser um filme muito horrível.

5 - Resident Evil: O Hóspede Maldito (Paul W. S. Anderson, 2002)


Um tenebroso vírus é liberado em uma instalação cientifica chamada de Colméia, transformando todo o pessoal em zumbis famintos por carne humana e liberando perigosos animais mutantes.
Para conter a infecção, a Umbrella Corporation envia uma equipe de militares altamente treinados para desativar a inteligência artificial que comanda a instalação. Em seu caminho está Alice (Milla Jovocih), uma sobrevivente amnésica que passa a trabalhar com o grupo enquanto luta para sobreviver ao exército de zumbis e às armadilhas espalhadas por toda a parte enquanto, lentamente, recupera sua memória.
Resident Evil talvez seja o mais bem sucedido subproduto cinematográfico de um game, chegando ao sétimo filme e com uma fortuna de bilheteria em seu rastro.
Se a série toda é um lixo violento cujos segmentos frequentemente estampam minha lista de piores do ano, o primeiro filme era uma fita de zumbis bastante razoável, com todos os clichês do filão, e ainda mostrava Milla pelada numa das últimas cenas.

4 - Terror em Silent Hill (Christophe Gans, 2006)


Dirigindo por uma estrada enevoada, Rose De Silva (Radha Mitchell) sofre um cidente e perde sua filha.
Seguindo os rastros da pimpolha desaparecida, Rose adentra a cidade de Silent Hill, um lugar maligno perdido em uma dimensão paralela onde o mal está em cada esquina.
Jamais haverá um filme tão assustador quanto o game Silent Hill, posto isso, o longa de Christophe Gans era uma adaptação honesta e bem intencionada do climão de pavor do jogo, e, apesar de não ser tão assustador quanto, tinha algumas passagens interessantes, especialmente com o vilão Pyramid Head arrastando sua espadona ameaçadoramente, não ficando, em momento algum, baixo da média de outros filmes de horror de sucesso. Não fosse pelo estigma de "filme de videogame", talvez tivesse tido melhor sorte nas bilheterias e junto à setores da crítica.


3 - Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (Mike Newell, 2010)


O príncipe Dastan (Jake Gyllenhaal) é incriminado pela morte de seu pai adotivo, o rei Sharaman (Ronald Pickup), a morte do rei da Pérsia coloca Dastan em rota de colisão com seus irmãos adotivos, tudo parte do plano de Nizam (Ben Kingsley) para tomar o poder usando um artefato encontrado pelo príncipe, a Adaga do Tempo, uma poderosa arma capaz de reverter o curso da história, tornando seu detentor o senhor do mundo.
Com a ajuda da misteriosa Tamina (Gemma Arterton, uma delícia), Dastan precisa provar sua inocência e impedir os planos de Nizam enquanto é perseguido por uma perigosa ordem de assassinos.
Príncipe da Pérsia foi uma tentativa da Disney de emular o sucesso de Os Piratas do Caribe com um game como base ao invés de uma atração de parque. Muito bem intencionado, o longa tinha um bom diretor, um ótimo elenco, e era uma aventura de espada e magia bastante honesta, com cara de matiné de antigamente.
Apesar de não ter caído nas graças do público e ter sido acusada de racismo por parte da crítica já que não há absolutamente nenhum ator remotamente médio-oriental no elenco principal, Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo é um bom filme, e dificilmente não estaria na parte de cima de uma lista de filmes de games.

2 - Mortal Kombat (Paul W. S. Anderson, 1995)


Um antigo torneio disputado em segredo à cada geração decide o destino de mundos. Realidades e dimensões paralelas se encontram no campo de batalha para lutar representadas por seus campeões. Dez vitórias consecutivas dão ao vencedor a chance de invadir o mundo derrotado, e o reino de Outworld já soma nove vitórias contra o nosso mundo. Diante desse quadro, o poderoso deus do relâmpago Rayden (Christopher Lambert, um gênio da não-atuação) convoca um grupo de vira-latas para representar a Terra e garantir a sobrevivência da Terra.
O ator Johnny Cage (Linden Ashby), a policial Sonya Blade (Bridget Wilson) e Liu-Kang (Robin Shou) são a única esperança de impedir que o mundo seja invadido pelo representante do imperador Shao Khan, o feiticeiro Shang Tsung (Cary Horiuky Tagawa) e seus asseclas, que incluem o temível príncipe Goro.
Mortal Kombat é um violento guilty pleasure. Ruim, cheio de atuações canhestras, com efeitos visuais mais ou menos e sequências de luta estapafúrdias embaladas por uma trilha techno porcaria, o longa acertou em cheio no coração dos jogadores da franquia, que amaram o filme e seu descarado fan service que substituiu o gore sangrento dos fatalities do jogo em uma fita PG-13.

1 - Need for Speed: O Filme (Scott Waugh, 2014)


Eu disse, em junho de 2014, após assistir Need for Speed: O Filme em DVD, que o longa era, de longe, minha adaptação de games preferida.
E, excetuando-se Warcraft, essa afirmativa continua valendo.
A história do mecânico Tobey Marshall (Aaron Paul) e sua luta para, após ser preso injustamente, provar sua inocência em um corrida ilegal de carros envenenados é um longa divertido, movimentado e despretensioso.
Em tempos de Velozes & Furiosos, as sequências de corrida e as proezas automobilísticas da trupe de Toby parecem quase um documentário, e nas mãos de um diretor com mais verve e estofo do que o quase estreante Scott Waugh, NfS poderia ter se tornado um filme menos esquecível.
O longa de corridas estrelado por Paul, Imogen Poots e Dominic Cooper não tem as melhores sequências de corrida do cinema, não tem as melhores atuações ou a melhor direção, mas forma um conjunto decente, que consegue se destacar entre a mediocridade de seus pares, e oferecer um programa que, ainda que descartável, nada tem de ofensivo, e que antes da visita de Duncan Jones a Azeroth, era, para esse nerd que vos escreve, a melhor fita live action a ser parida de um videogame.

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