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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Ninguém Atenderá o Bat-Fone


Hoje a Bat-caverna está mais escura e silenciosa do que o habitual.
Hoje nem mesmo o Coringa de bigodes maquiados de branco de Cesar Romero está rindo, e o histérico Charada de Frank Gorshin estará quieto, e a belíssima Julie Newmar estará de preto, não por elegância ou pela cor de seu uniforme, mas por luto.
Hoje, a cúpula de vidro não será removida, e ninguém atenderá o Bat-Fone.
Na madrugada da última sexta-feira deu-se a passagem de Adam West, ator e dublador mundialmente reconhecido por ter dado vida ao Batman no seriado da década de sessenta.
Frequentemente pichado pelas audiências que odiavam o tom camp do seriado que protagonizou, William West Anderson foi o primeiro Batman de carne e osso de várias gerações, e deixou sua marca no imaginário de milhões de crianças que mais tarde, depois de verem super-produções como os longas de Tim Burton estrelados por Michael Keaton, os tropeços de Joel Schumacher com Val Kilmer e George Clooney, os sensacionais filmes de Christopher Nolan com Christian Bale e até mesmo o Batman homicida de Zack Snyder e Ben Affleck sempre terão um espaço em seus corações para o Batman de West, que não batia em mulher, surfava de uniforme e bat-bermudas, dançava a Batuzi e chegou a usar um capuz cor-de-rosa.
Eu, que desci correndo a lomba da General Auto para chegar na casa da minha vó a tempo de almoçar assistindo Batman no SBT, sei que terei.
Descanse em paz, Cruzado Encapuzado.
Que Gotham City permaneça tão segura e ensolarada quanto foi sob a sua vigilância.

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