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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Resenha Série: Punho de Ferro, Temporada 2, Episódio 6: The Dragon Dies at Dawn


Após quatro episódios que estiveram à altura dos melhores momentos de Jessica Jones e de Luke Cage, Punho de Ferro meteu o pé no acelerador em seu quinto capítulo e no sexto não parece estar disposto a afrouxar.
The Dragon Dies at Dawn segue de onde o quinto capítulo terminou. Danny está se recuperando do ritual que roubou o punho de ferro para Davos enquanto Misty interroga Joy e Mary para descobrir que as irmãs Graça são parte fundamental da transferência do coração do dragão. Com Danny convalescendo, cabe a Colleen e Misty encontrar as tatuadoras taburi e tentar descobrir os detalhes do ritual.
Enquanto isso, Danny aceita uma oferta de uma especialista em capturar Punhos de Ferro, Mary Walker, o que dá a Ward e Joy tempo para finalmente conversarem a respeito do que aconteceu entre eles e Howard.
Ao mesmo tempo Davos leva adiante seu plano de livrar Nova York de todo e qualquer crime, usando o punho de ferro como a derradeira ferramenta de purificação da cidade.
Novamente cabe dizer que, por mais que saibamos que Davos é o vilão aqui, até o momento sua sanha vigilante não é das mais nocivas. Óbvio que seus métodos são questionáveis, mas ele realmente está fazendo o que prometeu, caçando criminosos e defendendo os fracos e oprimidos. É quase uma aposta certa que, em algum momento, Davos vai acabar explodindo alguém que não devolveu o livro na biblioteca, mas até lá, Davos é um Punho de Ferro mais competente do que Danny, sendo, inclusive, capaz de concentrar seu chi em ambos os punhos ao mesmo tempo, o que é muito maneiro.
A melhor parte do episódio, no entanto, foi a missão conjunta de Colleen e Misty.
A amizade das duas parece um pouco artificial, é verdade, mas esse episódio é quase um piloto não-oficial para as filhas do dragão, com a policial elogiando os instintos justiceiros de Colleen e tentando convencê-la a se juntar à polícia.
Pra coroar o segmento, ainda tivemos uma excelente cena de luta da dupla contra as irmãs Garça. Claro, Colleen faz quase toda a coreografia de luta, e não há, de fato, nenhuma razão para as três tatuadoras, de repente, serem lutadoras de kung-fu, mas que se dane, Punho de Ferro abraçou os quadrinhos com vontade e isso inclui um pouco de absurdo, se a qualidade da série se mantiver nesse nível eu não vou me queixar se cada garçom de restaurante em Chinatown for um Bruce Lee em potencial.
Ward e Joy seguem sendo um dos pontos fracos da série, e não porque haja algo de errado na relação dos dois ou as interpretações de Pelphrey e Stroup, considerando tudo a relação deles é tão verossímil quanto as circunstâncias do programa permitem, mas ao mesmo tempo ela é um constante lembrete do rocambole folhetinesco que quase afundou a primeira temporada da série.
Mesmo com a elogiável humanização dos dois personagens, a verdade é que Joy era mais interessante quando era amiga de Danny, e Ward é mais interessante agora que é amigo de Danny... Será que é pedir demais que eles todos façam logo as pazes?
E, falando em más lembranças da primeira temporada, a tentativa de Danny de argumentar com Davos é um pouco irritante. Por mais que nós estejamos cientes de que Danny o vê como um irmão essa impulsividade e ingenuidade cegas são parte do que tornava o personagem irritante na primeira temporada, mas ei, que bom, após os eventos que encerram o capítulo parece justo dizer que isso não deve se repetir no futuro.
The Dragon Dies at Dawn segue firme no caminho de tornar Punho de Ferro uma das minhas séries Marvel Netflix favoritas junto com Justiceiro e Demolidor. Faltando quatro capítulos para o fim da temporada acertadamente mais curta resta torcer para que o programa não sofra a vertiginosa queda de qualidade que ocorreu na primeira temporada.


"-Eu não como carne. Matar animais para se sustentar é uma desgraça.
-Claro que não come. É só um vegetariano que mata gente..."

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